Hipertensão (pressão alta): o que é, sintomas, causas e como conviver

Saúde
25 de Outubro, 2023
Hipertensão (pressão alta): o que é, sintomas, causas e como conviver

As doenças crônicas são responsáveis por 71% das mortes no mundo todo, segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde. Nesse contexto, a hipertensão é uma das condições mais comuns e pode começar de forma lenta e silenciosa. Contudo, a progressão da doença pode comprometer a saúde como um todo aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como AVC e infarto do miocárdio. Saiba mais a seguir. 

Veja também: Exercícios contra hipertensão: estudo lista os melhores

O que é hipertensão? 

A hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta, é o aumento da força do sangue ao circular pelas artérias do corpo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a condição acontece quando os valores da pressão sanguínea são iguais ou superiores a 130 por 80 mmHg (13 por 8).

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE, apontam que cerca de 38,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais (equivalente a 23,9% da população dessa faixa etária), são diagnosticadas com hipertensão.

Sintomas da hipertensão (pressão alta)

Um dos fatores de risco da hipertensão é que os sinais tendem a demorar para aparecer. Dessa forma, os sintomas são mais visíveis quando a pressão já está alta demais. Confira os principais abaixo: 

  • Enjoo;
  • Dor de cabeça;
  • Dor na nuca;
  • Tontura;
  • Sonolência;
  • Dor no peito;
  • Zumbido no ouvido;
  • Fraqueza;
  • Pequenos pontos de sangue nos olhos;
  • Visão dupla ou embaçada;
  • Dificuldade para respirar;
  • Sangramento nasal;
  • Palpitações cardíacas.

Quando não tratada, a hipertensão pode causar endurecimento das artérias, derrame, danos nos rins e até mesmo declínio cognitivo e demência. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais.

O que causa hipertensão arterial? 

Existem várias causas para a hipertensão arterial, sendo algumas delas naturais e outras relacionadas aos hábitos e estilo de vida.

  • Hereditariedade: de acordo com o Ministério da Saúde, 90% dos casos de hipertensão são hereditários. Ou seja, é uma condição genética. 
  • Má alimentação: excesso de sal, consumo de bebida alcoólica de forma excessiva e consumo de alimentos que prejudicam o controle do colesterol, como ultraprocessados e frituras, são fatores que podem causar hipertensão. Nesse contexto, o Brasil está entre os 5 piores países do mundo em relação ao padrão alimentar saudável.  
  • Sedentarismo: a falta de atividade física também é um fator que pode desencadear hipertensão. Pois, os exercícios ajudam a manter o coração funcionando corretamente e auxiliam, também, no controle do peso, evitando a obesidade.
  • Hábitos negativos: além dos fatores mencionados, fumar e/ou consumir bebidas alcóolicas em excesso também podem contribuir com o aumento da pressão arterial. 

Por fim, a hipertensão também é mais comum na população negra e tende a aumentar com o passar dos anos. 

Diagnóstico

A forma mais simples de identificar a hipertensão é usando um esfigmomanômetro, isto é, um aparelho que comprime o braço ao mesmo tempo em que o médico toca a artéria com o estetoscópio. Além dele, existem outros exames complementares para diagnosticar a pressão alta, veja a seguir: 

  • Tomografia cardíaca computadorizada;
  • Ultrassom das carótidas;
  • Proteína C reativa;
  • Dosagem de lipoproteína (a);
  • MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial).

Tratamento

 A hipertensão não tem cura, mas a boa notícia é que há controle. Após o diagnóstico de um médico, ele irá indicar o melhor método de tratamento. Uma vez controlada, o paciente poderá viver bem e com qualidade de vida.

Um dos fatores mais importantes é evitar a progressão da doença e, consequentemente, outros riscos à saúde. Por isso, deve ser feita a adaptação do estilo de vida, incluindo mudanças como:

  • Reduzir a ingestão de alimentos industrializados, como refrigerantes e embutidos, por exemplo;
  • Cortar ou diminuir drasticamente as bebidas alcoólicas do cardápio;
  • Fazer uma dieta equilibrada (e indicada por um nutricionista) que respeite a sua rotina e suas preferências alimentares;
  • Comer mais frutas, verduras e legumes;
  • Parar de fumar;
  • Por fim, oraticar atividades físicas com supervisão.

Quando o paciente tem mais dificuldade de controlar o peso e adotar hábitos mais saudáveis, o tratamento pode envolver intervenção medicamentosa para diminuir a pressão arterial. 

Referências

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