Georgina Rodríguez fala de abortos de repetição; quais as causas?

Gravidez e maternidade
20 de Março, 2023
Georgina Rodríguez fala de abortos de repetição; quais as causas?

Georgina Rodríguez, noiva do jogador Cristiano Ronaldo, abriu seu coração sobre um assunto delicado. A influenciadora revelou que sofreu três abortos espontâneos antes de sua última gestação.

Georgina é mãe da pequena Alana, de 5 anos, e dos gêmeos Bella e Ángel (que faleceu durante o parto). O relato emocionante detalhando suas perdas gestacionais estará disponível na segunda temporada de sua série — I am Georgina –, que estreia no próximo dia 24, na Netflix.

As informações sobre o fato foram dadas em primeira mão pelo jornal El Espanhol, que compartilhou alguns trechos da entrevista.

Enquanto estava grávida dos gêmeos, Georgina revelou que sentia muito medo devido ao histórico das perdas espontâneas.

“Sempre que ia ao ginecologista tinha pesadelos, porque ficava preocupada como seria o parto, se seria cesariana…. Em cada ultrassom eu ficava muito tensa por causa dos três abortos e voltava para casa arrasada”, disse a companheira de Cristiano, segundo o jornal espanhol.

No dia do parto, o casal precisou enfrentar a tristeza da perda de um dos gêmeos enquanto Bella, a sobrevivente, estava perfeitamente saudável.

Como resultado do baque, a modelo escondeu o fato dos filhos por um tempo. “Eu ainda tinha barriga, então disse a eles que o Ángel iria esperar um pouco para nascer, que ele nasceria depois”. 

Veja também: A importância do resguardo no pós-parto

O que pode causar os abortos de repetição, como o caso de Georgina Rodríguez?

A influenciadora não está sozinha nessa situação difícil. O aborto espontâneo é algo comum, principalmente no início de uma gravidez. Embora a modelo não tenha revelado os motivos de seus abortos, geralmente uma gestação não vai para a frente por causa de malformações do embrião.

Já as causas são multifatoriais. Algumas delas são:

  • Obesidade e tabagismo.
  • Endometriose.
  • Idade acima de 35 anos.
  • Histórico de abortos.
  • Doenças infecciosas (por exemplo, vaginose bacteriana, rubéola, infecções sexualmente transmissíveis).
  • Sinéquias uterinas.
  • Trombofilia.

“Antigamente, os médicos esperavam ter três abortos [para considerar o diagnóstico]. Atualmente, depois do primeiro aborto e dependendo da idade da paciente já investigamos a causa. Dessa forma, pesquisamos se há trombofilia e fazemos a histeroscopia para verificar se há malformações dentro da cavidade uterina”, explica o médico ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira.

Formas de tratamento

A princípio, as linhas de cuidado dependem do diagnóstico. Então, é importante avaliar os fatores responsáveis pelos abortos sucessivos.

Por exemplo, se o problema está relacionado a sinéquias uterinas — cicatrizes únicas ou múltiplas capazes de comprometer as funções do útero — o tratamento pode exigir cirurgia, como a histeroscopia.

Em caso de mulheres que não estão mais em idade fértil, Caldeira sugere a fertilização in vitro com estudo genético do embrião. “Assim, minimizamos o risco de aborto”, conclui.

Fonte: Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

 

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