Gengivite e periodontite: Pesquisadores da USP criam pastilha que ajuda no tratamento
A gengivite e a periodontite são queixas comuns nos consultórios odontológicos. Os principais sintomas das duas inflamações incluem gengiva avermelhada, inchada, sangramento ao escovar os dentes e até mau hálito constante. Apesar de fácil tratamento, estima-se que só a gengivite atinja cerca de 2,2 milhões de brasileiros na fase adulta, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No entanto, os pesquisadores da USP desenvolveram uma nova pastilha capaz de ajudar a proteger a saúde bucal e apoiar os tratamentos já existentes. Continue lendo e entenda.
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A gengivite e a periodontite são inflamações bucais que podem gerar grandes prejuízos à saúde bucal. Se o paciente não tratar as inflamações corretamente, poderá sofrer com a obstrução dos tecidos periodontais que protegem os dentes, como a gengiva e os ossos que os sustentam.
Pensando em resolver esse problema, pesquisadores da USP desenvolveram uma pastilha capaz de gerar uma mudança nos micro-organismos da boca e aumentar a resistência das mucosas orais. A partir disso, a pastilha também é capaz de combater doenças como a gengivite e a periodontite.
Como funciona a pastilha probiótica
A novidade é que os pesquisadores desenvolveram a pastilha por meio de probióticos, ou seja, microrganismos vivos, trazendo mais benefícios à saúde bucal. De acordo com uma das pesquisadoras da USP, Flávia Furlaneto, a quantidade de microrganismos na pastilha precisa ser “suficiente para levar um benefício à saúde do hospedeiro”.
Dessa forma, os pesquisadores afirmam que a pastilha é como um drops. O paciente coloca na região sublingual e ela vai lentamente sendo dissolvida e deglutida. Por fim, o produto já foi testado em pacientes com periodontite e, de acordo com o Jornal USP, os resultados demonstraram que a pastilha foi capaz de reduzir a necessidade de cirurgias periodontais para completar o tratamento desses pacientes.
Pastilha é aliada do tratamento convencional de gengivite e periodontite
Somente o uso da pastilha não substitui o tratamento indicado para as inflamações de gengivite e periodontite. Assim, a pastilha entra como um reforço do tratamento que possibilita benefícios adicionais ao paciente.
“No caso da gengivite, os participantes apresentaram menos inflamação, mudanças em alguns mediadores inflamatórios e na composição do biofilme, nome dado à comunidade de bactérias que colonizam o elemento dental”, ressalta Flávia.
Da mesma forma, a pastilha também apresentou benefícios nos casos de periodontite. “É como se a gengiva ficasse mais imunocompetente, mais resistente a futuras infecções e inflamações”, afirma o pesquisador Michel Reis.
Por fim, os pesquisadores afirmam que até o momento, ainda não existe no mercado brasileiro nenhuma pastilha probiótica para o tratamento de doenças periodontais. Porém, em outros países da Europa e Estados Unidos, já existem produtos comerciais com cepas probióticas.
Referência: Jornal da USP.