Fisioterapia respiratória: o que é e para quem é indicado?
A fisioterapia respiratória é utilizada para reabilitar pessoas que tiveram algum tipo de comprometimento pulmonar. Após a pandemia de Covid-19, o procedimento foi ainda mais procurado, especialmente por pacientes que ficaram com sequelas após contraírem o coronavírus.
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O que é a fisioterapia respiratória?
De acordo com Joédson da Silva, fisioterapeuta e Coordenador do Centro de Reabilitação do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), a fisioterapia respiratória é um conjunto de técnicas utilizadas pelo fisioterapeuta para prevenir complicações respiratórias, melhorar respiração, melhorar a oxigenação, diminuído o esforço ventilatório e cansaço, mobilizar secreção, expandir os pulmões e reeducar a função respiratória.
Para quem o procedimento é indicado?
A fisioterapia respiratória é indicada para todos que tenham diminuição da capacidade funcional, comprometimento cardíaco ou pulmonar, e/ou para melhorar o desempenho físico. “Também é indicada para melhorar a capacidade funcional e a capacidade de desempenhar as atividades do cotidianos”, explica o profissional.
Dessa forma, os benefícios do procedimento incluem melhora na ventilação da oxigenação, diminuição do cansaço e esforço respiratório, além de contribuir no desempenho das tarefas do dia a dia.
Ainda segundo o profissional, a recomendação de quantas sessões são necessárias vai depender de uma avaliação prévia realizada pelo fisioterapeuta. Joedson explica ainda que, pacientes que não conseguem ir até um local para realizar a fisioterapia respiratória, podem fazê-la em casa. No entanto, é fundamental o acompanhamento de um profissional.
Sequelas da Covid longa
“Covid de longa duração,” “Covid longa” e “síndrome pós-Covid” são as referências utilizadas para os pacientes infectados com a Covid-19 que sentem os efeitos e os sintomas da doença por um longo período (mesmo após a cura).
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a primeira definição clínica para a síndrome pós-Covid. Ela indica que os pacientes devem ter sintomas com duração de três meses ou mais após a infecção aguda.Assim, algumas pessoas podem ter sintomas como falta de ar contínua ou um pouco de confusão mental.
Por outro lado, há sintomas bastante graves, como falta de ar a ponto de precisar permanecer com o oxigênio por vários meses após a infecção, ou não ser capaz de realizar atividades básicas da vida — por exemplo, caminhar pela casa e tomar um banho. Nesse sentido, a fisioterapia respiratória pode facilitar a recuperação do paciente, além de melhorar sua qualidade de vida.
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Fonte: Joédson da Silva, fisioterapeuta e Coordenador do Centro de Reabilitação do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI).