Exame VHS: O que é e quando fazer

Saúde
21 de Junho, 2022
Exame VHS: O que é e quando fazer

A velocidade de hemossedimentação (VHS) é um exame conhecido como taxa de sedimentação, realizado a partir da coleta de uma amostra de sangue, que avalia quanto tempo os glóbulos vermelhos levam para se separarem do plasma –  parte líquida do sangue – e se depositarem no fundo do recipiente. 

Para Ronald Sérgio, médico hematologista do HSANP, o VHS é um teste relativamente simples e de baixo custo. Entretanto, ele exige alguns cuidados para garantir a confiabilidade do resultado. “Uma das exigências da técnica é manter o tubo da amostra de sangue sempre na posição vertical. Além disso, é preciso deixá-lo em repouso, pelo menos, durante uma hora. A leitura do exame é dada pela altura da coluna de plasma, no limite de separação com as hemácias sedimentadas. O resultado é transmitido em milímetros por hora (mm/h) ”, explica o especialista.

Para que serve o exame VHS?

Realiza-se o exame da velocidade de hemossedimentação para auxiliar na detecção de diversas inflamações associadas a doenças ou estados clínicos, incluindo infecções, cânceres como linfomas e mielomas, por exemplo, e doenças autoimunes como o lúpus.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o VHS é um dos exames mais importantes para confirmar, também, o diagnóstico da polimialgia reumática, artrite reumatoide, fibromialgia e febre reumática. 

Leia também: ACTH: o que é, quando fazer o exame e o que significa baixo e alto

Valores de referência 

São as alterações no índice de referência do exame VHS que costumam indicar quadros inflamatórios ou infecciosos, além de outras doenças.

Geralmente, um resultado alto indica a existência de alguma inflamação, mas não é capaz de determinar a causa, o local ou a gravidade da doença. Para a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o VHS deve ser interpretado no contexto clínico do paciente. A partir do resultado e do histórico, o médico tende a solicitar exames complementares para ajudar a fechar o diagnóstico. 

O hematologista esclarece que o valor de referência do VHS em crianças, por exemplo, deve ficar entre 3 e 13 mm/h. Nos adultos do sexo masculino, o valor ideal de referência é até 15 mm/h. Já nas mulheres, o resultado recomendado é 20 mm/h. Para mulheres que já passaram dos 50 anos, o valor de referência pode chegar até 42 mm/h, enquanto nos homens dessa idade o ideal é 30 mm/h.

“Níveis elevados no exame de VHS pode representar um sinal de infecção causada por vírus ou bactérias, processos inflamatórios ou situações crônicas como anemia, diabetes, insuficiência renal e cardíaca, ou mesmo gestação, salientando que se trata de um exame inespecífico. Porém, quando o resultado do teste for maior que 100mm/h, geralmente está associado a uma infecção mais grave, como câncer ou doenças inflamatórias do tecido conjuntivo”, afirma Ronald. 

É fato que o exame VHS com valor de referência baixo não costuma indicar alterações. No entanto, é importante lembrar que existem situações que podem mantê-lo atipicamente abaixo do ideal e, portanto, pode confundir o diagnóstico. Por isso, a importância de solicitar exames complementares.

Fontes: Ronald Sérgio, médico hematologista do HSANP e Sociedade Brasileira de Reumatologia 

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e de profissionais de Educação Física.

Leia também:

chás para desintoxicar o fígado
Alimentação Bem-estar Saúde

Como desintoxicar o fígado? Veja 5 melhores opções de chá

Confira as opções de bebidas quentes que trazem benefícios para a saúde hepática

homem sentado na cama, ao lado da cabeceira, com as mãos na cabeça, tendo dificuldade para dormir
Bem-estar Saúde Sono

Problemas para dormir? Estudo relaciona a qualidade do sono com condições crônicas

A irregularidade do sono está diretamente relacionada ao risco aumentado de doenças crônicas, como obesidade.

bruxismo
Saúde

Bruxismo: será que você tem? Veja principais tratamentos

Bruxismo, o ato involuntário de ranger os dentes, pode afetar até quem não imagina conviver com ele. Veja como descobrir se é o seu caso