Exame FAN: o que é, para que serve e resultados

Antigamente, detectar doenças autoimunes, como casos de lúpus, artrite reumatoide e psoríase parecia uma tarefa impossível. Mas, graças ao avanço da tecnologia e da medicina, cada vez mais existem opções que colaborem para que o diagnóstico dessas condições seja possível. Assim, uma delas é o chamado exame FAN.

A sigla FAN tem como significado fator antinuclear. Ou seja, um exame que detecta a presença de anticorpos das doenças autoimunes no organismo. Assim, é um teste que ajuda a identificar doenças em que nossas células de defesa, os denominados leucócitos, atacam nosso próprio organismo, vendo-o como um inimigo.

Para que serve

Quando um indivíduo apresenta sintomas como fadiga, dores nas articulações, secura nas extremidades do corpo, olhos e boca, entre outros, o médico poderá recorrer à uma análise mais aprofundada. 

Portanto, para ajudar a averiguar a presença de doenças autoimunes, o exame FAN costuma ser requisitado caso haja suspeita de algumas doenças que sejam um próprio ataque do organismo a si mesmo. Por exemplo:

• Lúpus
• Artrite reumatoide
• Psoríase
• Hipotireoidismo ou síndrome de Hashimoto
• Síndrome de Guillain-Barré
• Síndrome de Sjögren

Como é feito o exame FAN

O exame FAN é simples de fazer. Sendo necessária apenas a retirada de uma quantidade mínima de sangue em coleta, que será enviado aos laboratórios e clínicas para análise do fator antinuclear. Além disso, esse teste pode se realizado no próprio laboratório de coleta ou ainda em hospitais e clínicas particulares.

Ao ser submetido a esse tipo de exame, o paciente não irá precisar de nenhum preparo específico. Como jejum por exemplo. Ou seja, basta apenas informar ao laboratório se costuma tomar um medicamento de uso contínuo.

Leia também: FSH: o que é, para que serve e porque fica alto ou baixo

Resultados

Os resultados do exame FAN podem ser positivos/reagentes ou negativos/não reagentes, e nesse caso, a clínica é soberana. Portanto, o médico pode pedir outros exames complementares para fechar o diagnóstico, mesmo em casos de exames negativos.

Assim, por meio da análise laboratorial e o padrão do fator antinuclear, os biomédicos podem detectar qual tipo de doença autoimune pode ser apresentada. De acordo com a espessura e continuidade do material coletado.

Por fim, vale ressaltar ainda que cada laboratório possui uma logística própria para a entrega dos resultados mais concisos. Mas que geralmente, eles não costumam ultrapassar mais de 15 dias após a realização da coleta de sangue do paciente.

Fonte: Dra. Eloa Boccia, biomédica especialista em saúde estética. CRBM 30370.