Exame de colinesterase: teste mede nível de exposição aos agrotóxicos
O objetivo do exame de colinesterase é analisar o nível de exposição de um indivíduo a produtos tóxicos. Por exemplo: pesticidas, inseticidas, herbicidas e adubos. Dessa forma, o teste é recomendado para agricultores, ou seja, pessoas que lidam com produtos agrícolas diariamente.
Veja agora para que serve o exame, como é feito, o que indica se os níveis estão altos ou baixos, entre outras questões.
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Para que serve o exame de colinesterase?
Trata-se de um exame que é indicado para acompanhar o grau de exposição de agricultores em relação à inseticidas e agrotóxicos. Assim, a dosagem da enzima colinesterase também ajuda a acompanhar pessoas com doença hepática, especialmente aquelas que passaram por transplante de fígado, já que geralmente têm níveis de colinesterase mais baixos.
Além disso, vale destacar que a dosagem da colinesterase também pode ser solicitada para pacientes que têm mutações que impactam diretamente no funcionamento adequado ou produção dessa enzima.
Valores de referência
O valor da atividade da colinesterase apresenta variação considerável entre os indivíduos e em determinadas condições fisiopatológicas, de acordo com o Dr. Fernando Fagundes, médico do trabalho corporativo do Hospital Santa Catarina.
Por isso, para o monitoramento de trabalhadores ocupacionalmente expostos aos agrotóxicos, deve-se estabelecer um valor individual anterior ao início da exposição, denominado valor basal ou valor de referência (VR) ocupacional.
Dessa forma, o valor basal será utilizado para a comparação com os valores obtidos nas análises posteriores. Assim, as variações apresentadas servirão de base para a caracterização de efeito tóxico e tomada de decisão médica.
“O valor de referência registrado nos laudos laboratoriais expressa o valor da colinesterase de uma população sadia e não exposta a organofosforados e carbamatos, apresentando um amplo intervalo entre o limite máximo e mínimo. Para fins ocupacionais, a sua utilização não é recomendável. E esse valor varia dentre os kits de exames”, explica o médico.
Como é feito o exame de colinesterase?
O procedimento é semelhante a qualquer outro exame de sangue. Dessa forma, é feito uma coleta com pequena amostra de sangue. Em seguida, ela é encaminhada para o laboratório, sendo a área de bioquímica responsável por analisá-lo. É necessário, pelo menos, quatro horas de jejum para fazer o exame, que pode ser realizado em laboratórios.
Nível baixo de colinesterase: o que pode ser?
Quando os níveis de colinesterase estão baixos, é possível concluir que o paciente teve exposição frequente aos agrotóxicos organofosforados, ou seja, substâncias localizadas nos inseticidas, pesticidas e herbicidas. Desse modo, tal substância impede a atuação dessa enzima, causando a concentração de acetilcolina. De acordo com o Dr. Fernando, as causas mais comuns de colinesterase são:
- Genética;
- Desnutrição;
- Câncer;
- Insuficiência cardíaca;
- Reações alérgicas;
- Infecções agudas;
- Febre reumática;
- Tuberculose;
- Epilepsias;
- Talassemias;
- Leucemias;
- Anemias;
- Câncer;
Nível alto de colinesterase
O aumento da colinesterase ocorre por diversos motivos, de acordo com o médico do trabalho:
- Hipertireoidismo,
- Bócio nodular
- Diabetes
- Obesidade
- Alcoolismo
- Psoríase
- Esquizofrenia
- Estados de ansiedade
Fonte: Dr. Fernando Fagundes, médico do trabalho corporativo do Hospital Santa Catarina.