Exame de colinesterase: teste mede nível de exposição aos agrotóxicos

Saúde
08 de Abril, 2022
Exame de colinesterase: teste mede nível de exposição aos agrotóxicos

O objetivo do exame de colinesterase é analisar o nível de exposição de um indivíduo a produtos tóxicos. Por exemplo: pesticidas, inseticidas, herbicidas e adubos. Dessa forma, o teste é recomendado para agricultores, ou seja, pessoas que lidam com produtos agrícolas diariamente. 

Veja agora para que serve o exame, como é feito, o que indica se os níveis estão altos ou baixos, entre outras questões.

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Para que serve o exame de colinesterase? 

Trata-se de um exame que é indicado para acompanhar o grau de exposição de agricultores em relação à inseticidas e agrotóxicos. Assim, a dosagem da enzima colinesterase também ajuda a acompanhar pessoas com doença hepática, especialmente aquelas que passaram por transplante de fígado, já que geralmente têm níveis de colinesterase mais baixos. 

Além disso, vale destacar que a dosagem da colinesterase também pode ser solicitada para pacientes que têm mutações que impactam diretamente no funcionamento adequado ou produção dessa enzima. 

Valores de referência

O valor da atividade da colinesterase apresenta variação considerável entre os indivíduos e em determinadas condições fisiopatológicas, de acordo com o Dr. Fernando Fagundes, médico do trabalho corporativo do Hospital Santa Catarina. 

Por isso, para o monitoramento de trabalhadores ocupacionalmente expostos aos agrotóxicos, deve-se estabelecer um valor individual anterior ao início da exposição, denominado valor basal ou valor de referência (VR) ocupacional. 

Dessa forma, o valor basal será utilizado para a comparação com os valores obtidos nas análises posteriores. Assim, as variações apresentadas servirão de base para a caracterização de efeito tóxico e tomada de decisão médica.

“O valor de referência registrado nos laudos laboratoriais expressa o valor da colinesterase de uma população sadia e não exposta a organofosforados e carbamatos, apresentando um amplo intervalo entre o limite máximo e mínimo. Para fins ocupacionais, a sua utilização não é recomendável. E esse valor varia dentre os kits de exames”, explica o médico. 

Como é feito o exame de colinesterase? 

O procedimento é semelhante a qualquer outro exame de sangue. Dessa forma, é feito uma coleta com pequena amostra de sangue. Em seguida, ela é encaminhada para o laboratório, sendo a área de bioquímica responsável por analisá-lo. É necessário, pelo menos, quatro horas de jejum para fazer o exame, que pode ser realizado em laboratórios.

Nível baixo de colinesterase: o que pode ser? 

Quando os níveis de colinesterase estão baixos, é possível concluir que o paciente teve exposição frequente aos agrotóxicos organofosforados, ou seja, substâncias localizadas nos inseticidas, pesticidas e herbicidas. Desse modo, tal substância impede a atuação dessa enzima, causando a concentração de acetilcolina. De acordo com o Dr. Fernando, as causas mais comuns de colinesterase são: 

  • Genética; 
  • Desnutrição; 
  • Câncer; 
  • Insuficiência cardíaca; 
  • Reações alérgicas;
  • Infecções agudas;
  • Febre reumática;
  • Tuberculose;
  • Epilepsias;
  • Talassemias; 
  • Leucemias;
  • Anemias;
  • Câncer;

Nível alto de colinesterase

O aumento da colinesterase ocorre por diversos motivos, de acordo com o médico do trabalho:

  • Hipertireoidismo, 
  • Bócio nodular
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Alcoolismo 
  • Psoríase
  • Esquizofrenia 
  • Estados de ansiedade

Fonte: Dr. Fernando Fagundes, médico do trabalho corporativo do Hospital Santa Catarina.  

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