Etarismo: Como o preconceito afeta a saúde dos idosos
A terceira idade pode ser definida como uma fase um pouco difícil para algumas pessoas. Isso porque além de a saúde física ficar debilitada, a saúde mental dos idosos também é afetada por comentários ofensivos. Frases como “você está velho demais para isso” ou “lugar de velho é no asilo”, são exemplos de uma discriminação chamada etarismo.
Assim, o etarismo consiste no preconceito contra indivíduos ou grupos com base em estereótipos associados à idade.
Dessa maneira, o termo foi criado pelo gerontologista Robert N. Butler para descrever a discriminação contra adultos mais velhos. Mas, ao longo do tempo, o conceito evoluiu e é utilizado para qualquer tipo de discriminação com base na idade. Seja preconceito contra crianças, adolescentes, adultos ou idosos.
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Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) uma em cada duas pessoas no mundo já apresentou comportamento discriminatório com idosos.
No Brasil, os dados da Organização mostram que 16,8% dos brasileiros com mais de 50 anos já se sentiram vítimas de algum tipo de discriminação por estarem envelhecendo.
Consequências do etarismo para a saúde dos idosos
O etarismo pode afetar seriamente a saúde mental dos idosos, contribuindo para a baixa autoestima, para sentimentos de desamparo e para o isolamento. Além disso, casos de depressão entre as pessoas mais velhas também podem aumentar por conta da discriminação.
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De acordo com várias pesquisas, idosos que sofrem preconceito em relação à idade estão mais suscetíveis a doenças crônicas, como as cardiovasculares e a artrite. Ademais, o etarismo pode acelerar o declínio cognitivo, aumentando o risco de demência. Por isso, é essencial não somente rever o vocabulário para eliminar as expressões discriminatórias, como também incentivar políticas públicas que promovam a inserção do idoso na sociedade (para que ele se sinta útil).