Novo método permite que pais escolham o sexo do bebê. Entenda
Já imaginou se você pudesse escolher o sexo do seu bebê? Embora esse seja um tema polêmico e controverso, os pesquisadores da Faculdade de Medicina de Nova Iorque, Weill Cornell Medicine, descobriram encontraram uma forma de torná-lo viável. Eles desenvolveram uma técnica de fertilização in vitro que permite que os pais façam a escolha do sexo do bebê de forma “segura, eficiente, barata e eticamente palatável”. Continue lendo e entenda.
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Novo método permite que pais escolham o sexo do bebê
Em uma relação sexual natural e espontânea, as chances de conceber um bebê do sexo masculino ou feminino são equivalentes, ou seja 50/50. Contudo, quando se fala se fertilização in vitro, as possibilidades se ampliam. É sobre essa prerrogativa que os pesquisadores desenvolveram uma nova técnica que permite escolher o sexo do bebê.
A descoberta do método gira em torno da densidade do esperma. Dessa forma, o cromossomo X (estrutura que indica o sexo feminino) tende a ser mais pesado do que o cromossomo Y (estrutura que indica o sexo masculino).
“Embora eticamente discutível, expressar uma preferência sexual pela prole é popular entre os casais e não se limita àqueles em tratamento de infertilidade. O enriquecimento do sexo do esperma permite a seleção de embriões para o sexo desejado. Nosso método de seleção de sexo não aumenta a proporção de embriões aneuplóides adicionais”, afirmaram os pesquisadores em um comunicado.
Ao final da pesquisa, 79,1% dos casais que queriam gerar meninas, conseguiram atingir o seu objetivo. O mesmo resultado também aconteceu com 79,6% dos pais que queriam ter filhos do sexo masculino. Por fim, utilizando o novo método, os pais conceberam 29 crianças saudáveis e sem anormalidades.
Como funciona a técnica?
De acordo com os achados dos pesquisadores, o método para escolher o sexo do bebê deveria ser aplicado em fertilizações in vitro, especificamente em um exame chamado PGT, que seria um teste genético pré-implantação. Portanto, nesse exame é possível identificar o mapa cromossômico dos embriões, o que é utilizado para identificar possíveis anormalidades e doenças genéticas.
É neste momento que os pesquisadores conseguiram identificar o sexo do bebê utilizando apenas um espermatozoide. Contudo, o método utiliza embriões fertilizados para a análise. Nesse sentido, existem questões morais sobre o descarte do embrião após a identificação do sexo.
Regulamentação brasileira
No Brasil, não se pode escolher o sexo do bebê. Segundo o Conselho Federal de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), a menos que existam justificativas clínicas, a orientação deve ser estritamente sigilosa no que diz respeito ao sexo do bebê. Salvo em casos em que o sexo é determinante para o desenvolvimento de doenças específicas. Nessas situações, a reprodução assistida também é o caminho para efetuar a escolha.
Contudo, especificamente nos Estados Unidos não há restrições quanto a escolha do sexo da criança.
Referência: MD Saúde.