Emergência de saúde da pandemia de Covid-19 chega ao fim após 3 anos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (5) o fim da emergência de saúde pública da pandemia do coronavírus no planeta. O alerta havia sido decretado pela entidade em janeiro de 2020, quando o número de casos e mortes começou a explodir na China. “É com grande esperança que declaramos que a covid-19 não é mais uma emergência global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Nos últimos três anos, a doença provocou 765,2 milhões de casos, além de quase 7 milhões de mortes, de acordo com a OMS. Especialistas, porém, apontam que o acesso desigual a testes e ao sistema de saúde causou a subnotificação dos números. Em relação aos óbitos, em seu discurso, Tedros falou que o total deve ser “várias vezes maior”. Assim, a estimativa da entidade é de pelo menos 20 milhões.
Leia mais: Sintomas da Covid-19: afinal, como agir rapidamente?
Covid-19 no Brasil
O Brasil foi um dos mais locais afetados pela doença, que chegou por aqui em fevereiro de 2020. Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou mais de 37,4 milhões de infecções e 701,4 mil mortes até 26 de abril.
A alteração do status foi possível graças ao avanço da vacinação, que, de acordo com Tedros, nos permitiu ver, no último ano, tendência de queda de casos e mortes, e diminuição da pressão sobre os sistemas de saúde. As primeiras doses da vacina contra a doença começaram a ser dadas em janeiro de 2021.
OMS decreta o fim da emergência de saúde
Embora tenha declarado fim da emergência, o diretor da OMS frisou que a covid não deixou de ser uma “ameaça à saúde global”. Na semana passada, por exemplo, a doença fez uma vítima a cada três minutos. Além disso, milhares seguem em terapia intensiva (UTI) e milhões vivem os efeitos debilitantes da síndrome pós-covid.
“Esse vírus veio para ficar. Ainda está matando e ainda está mudando. Permanece o risco do surgimento de novas variantes que causam novos surtos de casos e mortes”, falou. Por isso, de acordo com especialistas, a imunização é a principal estratégia de prevenção, sobretudo entre grupos vulneráveis, como idosos, imunossuprimidos e outros. Tedros falou que, caso a doença volte a nos colocar em perigo, ele não hesitara em convocar outro Comitê de Emergência.
Tedros também pediu que os países não baixem a guarda. “O que esta notícia significa é que é hora de os países fazerem a transição do modo de emergência para o gerenciamento da covid, junto a outras doenças infecciosas.