Ectasia da aorta: o que é, quais os sintomas e como tratar
O nome pode até assustar, mas a ectasia da aorta não é uma doença. Ela nada mais é do que o aumento do diâmetro da aorta, ou seja, uma dilatação desta veia. A aorta, por sua vez, é a maior e principal artéria do corpo humano. Ela sai do coração e distribui o sangue por todo o corpo. A ectasia pode ser classificada como torácica, se estiver localizada próxima do tórax, ou abdominal, se estiver localizada na altura do abdômen. A seguir, Alane Miranda Leite, cirurgiã vascular do Hospital Anchieta, em Brasília (DF), explica os detalhes da ectasia da aorta.
Quais os sintomas da ectasia da aorta?
Na maior parte das vezes, ela não tem sintomas. Por ser, de início, apenas uma variação na anatomia da veia, ela passa despercebida no dia a dia. Muitas pessoas só a descobrem quando fazem algum exame por outros motivos de saúde. Porém, em alguns casos, ela pode dar sinais na forma de tosse, rouquidão ou dores no peito ou nas costas.
A ectasia é progressiva, ou seja, a aorta vai dilatando com o passar do tempo. Com isso, a longo prazo, ela pode evoluir para um aneurisma – que também é uma dilatação do vaso, porém de forma localizada e mais acentuada do que na ectasia. No aneurisma, as paredes do vaso ficam tão finas que podem se romper, causando uma hemorragia que pode ser fatal. Por isso, neste caso, ele precisa ser diagnosticado o quanto antes.
Não se sabe exatamente quais são as causas da ectasia, porém o envelhecimento natural do organismo a favorece, assim como a hipertensão e o colesterol alto. O tabagismo, por sua vez, acelera o processo.
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Como tratar?
Não há tratamento para a ectasia, mas sim acompanhamento médico. Ele é imprescindível para o monitoramento da dilatação. O médico também pode avaliar a necessidade de indicar medicamentos para colesterol alto e controle da pressão arterial, já que ambos são fatores de risco.
A ectasia não tem cura, porém parar de fumar é uma das principais orientações para quem tem a dilatação. Praticar exercícios físicos também pode ser outra recomendação médica para manter as artérias mais saudáveis. Casos sintomáticos podem requerer cirurgia, porém, de forma geral, é possível conviver com ela, tomando os cuidados para que não evolua.