Ebola: cepa rara faz primeira vítima em Uganda desde 2019
O vírus Ebola fez uma nova vítima na Uganda — a primeira em três anos, quando houve uma rápida epidemia que provocou cinco mortes no país. No entanto, a cepa responsável pelo óbito atual pertence ao Sudão e não estava presente na Uganda desde 2012. Como medida de segurança, o país informou que já está vacinando profissionais da saúde, da alfândega e da imigração para conter um novo surto.
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O que é o vírus Ebola?
De acordo com o Center for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, o Ebola é um vírus com alto poder letal, mas com as vacinas atuais disponíveis, a infecção torna-se menos grave. A princípio, existem cinco espécies desse vírus, sendo que quatro atingem seres humanos. Eles são encontrados no continente africano, onde a enfermidade é endêmica. No entanto, o país que mais sofre com crises frequentes do Ebola é o Congo, cuja a mais recente ocorreu entre abril e julho deste ano.
Embora tenha sido descoberto na década de 1970, ainda não se sabe qual é o hospedeiro original do Ebola. Contudo, acredita-se que o vírus se instala em animais silvestres, como morcegos, para depois se disseminar entre humanos.
Formas de transmissão do Ebola
Provavelmente a primeira oportunidade da infecção ocorre pelo contato com animais infectados. Quando o vírus está no organismo de uma pessoa, ele pode se espalhar por meio de fluidos corporais — suor, saliva, urina, sêmen — além de seringas e leite materno contaminados. Uma curiosidade é que o vírus só se torna transmissível se o indivíduo apresentar sintomas. Caso contrário, não há riscos de adquirir a enfermidade.
Sintomas
Os sinais da infecção podem surgir entre 2 e 21 dias após a exposição ao Ebola. Como resultado, a pessoa tem febre alta, dores de cabeça e musculares intensas, náusea, perda de apetite, vômitos e dores de estômago. Além disso, são comuns hematomas pelo corpo, sem motivo aparente.
Todavia, o sintoma que mais exige atenção é a hemorragia, que pode matar se não houver cuidados médicos. Por isso, é fundamental buscar auxílio médico logo nos primeiros sinais, já que não há um medicamento específico para a doença.
Diagnóstico e tratamento do Ebola
A avaliação dos sintomas e do estado de saúde do paciente é o primeiro passo para identificar a doença. Porém, o diagnóstico só se torna possível se a pessoa tiver os sinais típicos da infecção. Outro desafio é que os sintomas são mais genéricos nos primeiros dias, o que dificulta o mapeamento precoce. Afinal, o Ebola tem sintomas parecidos com os da febre tifoide e malária.
Ao confirmar a suspeita, o tratamento deve gerenciar os sintomas. Então, o médico pode aplicar soro intravenoso para prevenir desidratação, monitorar a pressão arterial, a possibilidade de hemorragias e ministrar analgésicos para aliviar a dor.
Prevenção
A melhor forma de se proteger contra o Ebola é receber a vacina, que existe desde 2016. Ela possui quase 100% de eficácia e evita o contágio pelo vírus. Além do imunizante, é desejável ficar longe de pessoas e animais infectados em países com o vírus.