Dormir poucas ou muitas horas pode aumentar o riscos de doenças crônicas

Bem-estar Sono
20 de Outubro, 2022
Dormir poucas ou muitas horas pode aumentar o riscos de doenças crônicas

Um estudo publicado na revista científica PLOS Medicine acendeu um alerta sobre dormir poucas ou muitas horas. De acordo com a pesquisa, pessoas acima de 50 anos que dormem menos de 5 horas por noite podem ter mais chances de desenvolver doenças crônicas. As enfermidades surgem conforme o indivíduo envelhece. Entenda, agora, detalhes sobre a relação do sono com as demais doenças crônicas.

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Como funcionou o estudo sobre dormir poucas ou muitas horas

O estudo teve duração de mais de 20 anos e contou com mais de 7 mil voluntários, todos acima de 50 anos. Como resultado, mostrou que dormir poucas horas, ou seja, menos do que 5, está fortemente associado à presença da primeira comorbidade, ou seja, de ter o primeiro diagnóstico de uma das doenças listada abaixo. Além disso, também há risco de desvenolver multi comorbidades, isto é, ter 2 ou mais das doenças listadas de maneira simultânea.

Do mesmo modo, pessoas que dormem mais de 9 horas e têm mais de 60 anos também demonstraram uma pequena propensão ao desenvolvimento de multi comorbidades. Assim, confira a lista de doenças prováveis neste grupo: 

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Diabetes
  • Câncer
  • Doença coronariana
  • Insuficiencia cardiaca
  • DPOC
  • Doença renal cronica
  • Doença hepática
  • Depressão 
  • Demência 
  • Doença de Parkinson 
  • Artrite Reumatoide

No entanto, de acordo com os cientistas responsáveis pela pesquisa, existem algumas limitações no estudo. Por exemplo, o fato dele ser baseado em informações ditas pelos próprios pacientes, que também podem esquecer de detalhes ao informar os dados para a pesquisa.

Quanto ao perfil, a maioria dos participantes eram homens brancos. Assim, apenas um terço do público era composto por mulheres. Os pesquisadores afirmaram ainda que os funcionários públicos tendem a ser mais saudáveis do que a população geral.

“A curta duração do sono na meia-idade e na velhice está associada a maior risco de aparecimento de doenças crônicas e multi comorbidade. Essas descobertas apoiam a promoção de uma boa higiene do sono na prevenção, visando condições comportamentais e ambientais que afetam a duração e a qualidade do sono”, afirmam os responsáveis pela pesquisa. 

Resultados

Muitas pessoas dormem poucas horas por dia e acordam totalmente dispostas e sem sono. Dessa forma, observando a trajetória desses mais de 7 mil voluntários por mais de 20 anos, o estudo constatou uma associação do aumento de diagnósticos de doenças crônicas naqueles que dormem pouco, bem como uma chance maior de desenvolver mais de uma doença simultaneamente.

Por fim, apesar de poder aumentar o risco de desenvolver comorbidades, o estudo não conseguiu encontrar aumento de mortalidade, e também não conseguiu explicar o que causa a propensão ao desenvolvimento das doenças crônicas em pessoas que dormem pouco. Ou seja, outros estudos ainda precisam ser feitos sobre o tema.

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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