DIU: saiba tudo sobre os contraceptivos de longa duração

Saúde
10 de Julho, 2023
DIU: saiba tudo sobre os contraceptivos de longa duração

O DIU é uma das opções de métodos contraceptivos disponíveis. O dispositivo intrauterino oferece alta eficácia e segurança para que você possa escolher quando e se quer engravidar. 

Após a inserção feita por um ginecologista, o método demanda pouca manutenção e pode durar de 5 a 10 anos, a depender do tipo escolhido. No entanto, a variedade de opções do mercado pode gerar dúvidas sobre qual é o mais adequado para o seu caso.

Então, se você está pensando em colocar o DIU ou quer entender como cada um dos tipos funciona, continue lendo e confira!

Características de cada tipo de DIU

As variações do DIU podem aumentar as chances de adaptabilidade e conforto da mulher na escolha desse método contraceptivo. Isso porque cada tipo tem características peculiares e únicas, mas sempre com a mesma proposta: ter o máximo de eficiência na contracepção, (o que significa 99% de eficácia). 

A essa altura, provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre os DIUs hormonais e de cobre. Porém, o mais importante sobre eles é entender as características de cada um para conversar com um ginecologista e entender qual deles melhor se adaptará ao seu corpo e a sua rotina. A seguir, entenda quais são as características.

Veja também: DIU Engorda? Ginecologista explica

DIU hormonal de baixa dose

Esse tipo de dispositivo libera progestogênio no útero para tornar o muco cervical mais espesso, o que dificulta a passagem dos espermatozóides.  

No entanto, por ter uma quantidade baixa de hormônio, os efeitos colaterais são menores. Assim, a ação do DIU de baixa dose hormonal dura 5 anos, não interfere na líbido, podendo ainda diminuir o fluxo menstrual. 

É indicado para: contracepção.

DIU hormonal 

O DIU hormonal libera uma dose um pouco maior de progestogênio no útero, o hormônio ajuda a tornar o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozóides, e também pode afinar o revestimento do útero, reduzindo ou interrompendo o fluxo menstrual. 

Por ser um pouco maior do que o DIU hormonal de baixa dose, o dispositivo pode causar um desconforto maior no momento da inserção, especialmente para quem não teve filho. Sua duração é de 5 anos.

É indicado para: contracepção, proteção endometrial, pós menopausa e tratamento de sangramento uterino anormal.

DIU de cobre

Diferente dos DIUs hormonais, o DIU de cobre não libera hormônios. Em vez disso, ele é feito de cobre, um material que cria um ambiente tóxico para os espermatozóides, impedindo a fertilização. Por causar essa inflamação, o dispositivo pode aumentar o fluxo menstrual.

Por fim, o DIU de cobre possui uma ação prolongada e dura até 10 anos.

É indicado para: contracepção.

Pontos em comum a todos os tipos de DIU

  • Nenhum formato de DIU aumenta o risco de trombose; 
  • Todos eles são métodos contraceptivos reversíveis. Ou seja, assim que retirado, é possível engravidar normalmente;
  • A colocação de qualquer tipo de DIU não depende de cirurgia.

Outros fatores para enfim tomar a sua decisão

Consulta ginecológica 

Agora que você já conhece as características de cada tipo de DIU, agende um bate-papo com o seu ginecologista. Ele poderá recomendar o método contraceptivo mais adequado para você, de acordo com as suas características pessoais. Alguns fatores que o médico especialista levará em conta são: idade, histórico de saúde, fluxo menstrual, desejos reprodutivos futuros e outras preocupações específicas.

Avaliando o seu histórico médico

Ter informações precisas sobre o histórico de saúde é algo imprescindível para a escolha do método contraceptivo. Isso porque o DIU é contraindicado para mulheres com infecções sexualmente transmissíveis, miomas, câncer de colo de útero ou endométrio, doenças no fígado ou sangramento imotivado.

Como posso ter acesso aos DIUs?

A colocação dos DIUs é coberta pelos planos de saúde. E, além do DIU de cobre, alguns estados e municípios também possuem cobertura para o DIU hormonal através do Sistema Único de Saúde (SUS). Consulte o seu ginecologista e entre em contato com a unidade de saúde da sua região para saber mais sobre a disponibilização dos DIUs através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Referência: 

  1. Manual MSD – Saúde; 
  2. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf. 
  3. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/SerieZ1-2022-Contracepcao_1.pdf.
  4. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16. 
  5. Basson R. Female sexual response: the role of drugs in the management of sexual dysfunction. Obstet Gynecol. 2001. Aug;98(2):350- 3. 
  6. Braga, GC. Vieira, CS. Contracepção Hormonal e Tromboembolismo. 2013. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/rbm.org.br/pdf/v50n1a10.pdf. 
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  12. Contraceptive Technology. Disponível em: https://www.contraceptivetechnology.org/wpcontent/uploads/2013/09/Contraceptive-Failure-Rates.pdf.
PP-KYL-BR-1356-1

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