Distância entre as telas e os olhos: qual é a ideal para a saúde ocular?

Bem-estar Casa
29 de Abril, 2022
Distância entre as telas e os olhos: qual é a ideal para a saúde ocular?

Com o uso de dispositivos eletrônicos tomando cada vez mais espaço na rotina, não é raro que as pessoas acabem esquecendo de manter a tela distante dos olhos. Contudo, não se atentar a isso pode ser prejudicial para a saúde ocular. Por isso, para garantir a saúde ocular, é preciso saber qual a distância ideal das telas para os olhos. 

De acordo com o oftalmologista Emmanuel Moraes Antunes, a luz artificial azul pode causar problemas aos olhos. O excesso de exposição a esses equipamentos pode gerar danos, aumentando, assim, o risco de desenvolver DMRI (Degeneração Macular relacionada à idade), catarata e alterações da superfície da córnea.

“Além das alterações da retina (DMRI), o excesso de luz artificial interfere no ciclo do sono e aumenta o desenvolvimento de síndrome do olho seco, uma patologia que está se tornando cada vez mais comum”, conta. 

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Qual é a distância ideal das telas para os olhos? 

Então, Antunes explica que a TV deve ficar a, pelo menos, 2 metros de distância. Isso depende do tamanho do aparelho, mas essas informações estão contidas nas recomendações dadas pelo fabricante. 

Já celulares e tablets precisam ser mantidos a 40 centímetros dos olhos. “Além disso, obedeça a seguinte regra: a cada 20 minutos, pare de olhar para a tela e, por pelo menos 20 segundos, mantenha o olhar ao longe (mais que 6 metros)”, afirma.

Sinais para ficar atento

O médico lista alguns sinais de atenção que aparecem quando a visão é danificada: 

  • Forçar a visão para ver de longe ou perto (franzir a testa); 
  • Ardência e vermelhidão ocular;
  • Dor de cabeça ao final do dia de trabalho ou depois de permanecer muito tempo nos equipamentos eletrônicos; 
  • Crianças que apresentavam boa visão e começaram a se queixar de não enxergar a lousa na escola.

Ele alerta que o desenvolvimento da miopia, uma nova epidemia, acontece sobretudo na faixa etária escolar e, com a pandemia, os casos aumentaram muito devido ao excesso de telas. Por isso, é importante ter cuidado. “Hoje, existe um tratamento com filtro azul que filtra a porção nociva da luz azul”, finaliza. 

O que é a luz azul? 

A QÓculos, rede de franquias de óptica, explica que a luz azul é dividida em duas partes: luz azul-violeta nociva, que é prejudicial, e luz azul-turquesa, que é benéfica e essencial para o funcionamento fisiológico do olho durante o dia. O sol é o maior emissor de luz azul, mas ela também está presente em monitores de computadores, lâmpadas fluorescentes, luz branca artificial e, claro, celulares e TVs. 

Existem alguns métodos para diminuir a exposição à luz azul nociva. Por exemplo, evitar ficar exposto ao sol e diminuir o tempo de uso de smartphones e outras fontes. Além de optar por óculos que possua filtro de luz azul. 

“Esses filtros são um tipo de tratamento aplicado nas lentes de grau dos óculos. Ou seja, assim como os óculos de sol têm proteção contra os raios UV, as lentes com esse tipo de filtro possuem proteção tanto para os raios UV quanto para a luz azul”, finaliza Roberto Hashimoto, supervisor técnico da empresa.

Fontes: Emmanuel Moraes Antunes, oftalmologista, (CRM-SP: 138046); Roberto Hashimoto, supervisor técnico da QÓculos. 

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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