Discopatia degenerativa: o envelhecimento natural da coluna

Assim como a pele, outros órgãos e sistemas do corpo envelhecem com o passar do tempo. A coluna, por exemplo, é um desses elementos corporais que passam pelo processo de envelhecimento – e existe até um nome específico para isso: discopatia degenerativa. 

Ao longo do tempo, a coluna muda assim como os nossos cabelos – que ficam brancos – ou a nossa pele, que ganha rugas e linhas de expressão. Com a discopatia degenerativa não é diferente, essa condição está relacionada ao envelhecimento da coluna, que afeta os discos invertebrais.

“Somente temos que valorizar uma discopatia degenerativa quando ela acontece em uma fase muito precoce da vida – por exemplo, com 25 ou 30 anos. Agora, acima dos 50 é uma condição comum. E não é doença, é apenas um envelhecimento”, esclarece o Dr. Luciano Miller, ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Albert Einstein e da Clínica Colunar. 

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Discopatia degenerativa: causas e sintomas

De acordo com o médico, existem duas principais causas para a discopatia degenerativa. A primeira é a genética de cada um, que pode gerar discos mais frágeis na coluna. Assim, a segunda é a forma como cada um trata a própria coluna. 

“O sintoma mais comum é a dor lombar”, explica. “É muito importante todos entenderem que discopatia degenerativa pode ser apenas uma alteração do disco e não ter relação com dor nas costas. É apenas um achado de imagem, a dor pode ter uma relação maior com a postura ruim, sedentarismo, obesidade, posição no trabalho, estresse, falta de sono e uma alimentação inadequada. O mais importante é entender a causa da dor.”

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da discopatia degenerativa é feito por meio de uma ressonância magnética. No exame, é possível avaliar o disco e observar se ele está normal ou envelhecido – já que costuma ficar mais escuro na imagem.

Vale reforçar que a discopatia degenerativa não é uma doença, mas o envelhecimento da coluna. Por isso, o tratamento costuma ser composto por melhorias no estilo de vida, com perda de peso, ganho de massa muscular, suspensão do tabagismo, entre outros. Em muitos casos, também pode haver necessidade de tratamento medicamentoso ou de procedimentos a serem feitos nos discos envelhecidos.    

E, da mesma forma que o envelhecimento da pele, a prevenção tem um papel bem importante no combate à discopatia degenerativa. 

“Podemos nos prevenir sendo saudáveis”, diz o médico. “Manter um peso adequado, fazer atividade física, dormir bem, ter uma ergonomia boa no trabalho e em casa. A ergonomia é extremamente importante, assim como os exercícios físicos, para complementar e manter um suporte para a sua coluna.”

Fonte: Dr. Luciano Miller, ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Albert Einstein e da Clínica Colunar.