Diagnóstico da salmonella ganha novo teste rápido
A salmonella, bactéria que se aloja no intestino, é responsável por diversos casos de intoxicação alimentar — estima-se que, por ano, 155 mil pessoas pelo mundo morram pela infecção. Basta ingerir um alimento ou água contaminados com o micro-organismo para contraí-lo, situação que pode ser mortal dependendo do caso. Contudo, o diagnóstico da salmonella requer a análise das fezes do paciente, processo que leva até 24 horas e pode atrasar os cuidados necessários.
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Novo teste para identificar a salmonella facilita diagnóstico
Para diminuir os riscos de contaminação pela salmonella, cientistas da Universidade McMaster, em Hamilton, no Canadá desenvolveram uma nova solução. Trata-se de um teste com um mecanismo similar ao dos autotestes de Covid-19.
Mas, ao contrário dos testes de identificação do coronavírus, o da salmonella será útil no ambiente onde os alimentos estão sendo processados e vendidos. Ou seja, é uma solução para o início da cadeia produtiva, a fim de trazer mais segurança ao consumidor final.
Em apenas uma hora ou até menos do que isso, é possível verificar se o alimento apresenta a bactéria na composição, graças a uma nova molécula sintética criada pelos pesquisadores.
Outra vantagem é a viabilidade do teste: é barato, fácil de usar e pode prevenir milhares de infecções alimentares. Apesar das características promissoras, a solução ainda não está disponível para uso comercial.
Em contrapartida, os autores e patrocinadores do estudo desejam partir para a produção em escala comercial. Assim, será oferecido a diversos produtores de alimentos, como processadoras de aves, ovos, laticínios e demais alimentos que capazes de alojar a salmonella.
Como evitar a salmonella?
A infecção pela bactéria pode ocorrer em qualquer época do ano. Entretanto, durante o verão, quando as viagens de fim de ano e de verão acontecem e as refeições fora de casa são comuns, a disseminação torna-se mais fácil do que em outras ocasiões. Por isso, fique atento às dicas a seguir para se proteger:
- Lave as mãos antes, durante e depois de manipular alimentos.
- Lembre-se de higienizar os vegetais antes de consumi-los, deixando-os na água com hipoclorito de sódio.
- Sempre asse e cozinhe bem carnes e ovos.
- Se for beber leite, opte pela versão pasteurizada.
- Guarde os ovos na geladeira.
- Por fim, beba apenas água potável ou de garrafas, principalmente se estiver viajando.
Quanto aos sintomas, surgem febre, diarreia, calafrios, dor abdominal ou nos músculos, fadiga, perda de apetite e dores de cabeça. Além disso, outra manifestação grave da doença — a febre tifoide — provoca hemorragia interna, irritação com pequenos pontos avermelhados, irritação na pele e perda de peso.
Portanto, ao sentir os desconfortos acima, não hesite em procurar ajuda médica para receber o devido tratamento. Geralmente, os cuidados envolvem administração de soro intravenosa, medicamentos para controlar os vômitos e dores, e antibióticos.