Diabetes e problemas bucais: como se conectam e dicas para prevenir
- 1. O que é o diabetes?
- 2. De que forma o diabetes pode afetar a sua saúde bucal?
- 3. Como uma pessoa com diabetes pode evitar problemas bucais?
- 4. De quanto em quanto tempo uma pessoa com diabetes deve ir ao dentista?
- 5. Outros hábitos importantes
- 6. Linha Colgate PerioGard: mais recomendada por dentistas para a gengiva
O diabetes não tratado aumenta as chances de doenças da gengiva (como gengivite e periodontite) e problemas bucais (como cárie e cicatrização lenta). Para evitar tais consequências, é importante controlar a glicemia, além de visitar o dentista com frequência e cuidar da higiene da região.
Saiba mais sobre o assunto neste conteúdo a seguir:
O que é o diabetes?
O diabetes é uma condição causada pela produção insuficiente ou pelo mal funcionamento da insulina, hormônio que regula os níveis de glicose (açúcar) no sangue.
Sendo assim, o diabetes gera um aumento da glicemia. E se não tratado, provoca complicações como problemas cardíacos, infecções, danos renais e lesões nos pés.
Isso sem falar na questão bucal.
Leia também: Como manter a higiene bucal em viagens?
De que forma o diabetes pode afetar a sua saúde bucal?
Marcelo Kyrillos, dentista especializado em saúde e função dos dentes e sócio fundador do Ateliê Oral, elenca os danos que o diabetes pode causar na boca:
1 – Gengivite e periodontite
Por apresentarem alterações na resposta inflamatória e uma pior cicatrização, pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver doenças gengivais.
Segundo o profissional, a periodontite (infecção gengival grave e uma das principais causas de perda de dentes em adultos) pode ser mais severa e progredir mais rapidamente em diabéticos.
2 – Cáries
As flutuações dos níveis de glicose na saliva, típicas do diabetes, aumentam as chances de cáries.
Isso porque concentrações mais altas de açúcar na saliva promovem o aparecimento de bactérias causadoras do problema bucal.
3 – Xerostomia (conhecida como “boca seca”)
A doença também é capaz de reduzir o fluxo salivar, contribuindo para a sensação de boca seca (xerostomia). Vale lembrar que esse processo também é um fator de risco para cáries, infecções e desconfortos.
4 – Cicatrização lenta
A condição também retarda a cicatrização. E isso pode complicar a recuperação de pacientes após procedimentos dentários ou infecções orais.
5 – Infecções fúngicas
“Pessoas com diabetes podem ter um risco maior de desenvolver infecções por fungos, como a candidíase oral, especialmente se o controle da glicemia não for ideal”, afirma o dentista.
6 – Alterações no paladar
Ainda de acordo com o especialista, a doença também é capaz de afetar os nervos responsáveis pelo paladar. Isso gera alterações na percepção dos sabores.
7 – Complicações pós-procedimento
Por fim, o controle da glicemia é crucial antes da realização de procedimentos odontológicos. O cuidado evita complicações como infecção ou má cicatrização.
Como uma pessoa com diabetes pode evitar problemas bucais?
Marcelo Kyrillos explica que o ideal é que o paciente tenha um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo tanto o dentista quanto o médico que acompanha a doença (endocrinologista, por exemplo). Dessa forma, é possível fazer um tratamento efetivo e integrado, além da prevenção de possíveis problemas bucais.
“É vital que as pessoas com diabetes mantenham um bom controle glicêmico e sigam uma rotina rigorosa de higiene bucal, além de realizarem consultas regulares com um dentista”, ele diz. Confira a lista de cuidados que o especialista indica:
Controle rigoroso da glicemia
Manter os níveis de açúcar no sangue bem controlados é fundamental para prevenir e tratar problemas bucais em pessoas com diabetes.
Higiene oral
Escovação adequada e uso de fio dental são alguns hábitos que ajudam a reduzir a placa bacteriana e o risco de gengivite e periodontite.
Visitas regulares ao dentista
Vale marcar visitas regulares ao especialista para limpezas periódicas e exames.
Tratamento de possíveis gengivites e periodontites
Isso pode incluir limpezas profundas (raspagem e alisamento radicular, quando houver bolsas com perdas ósseas), medicamentos e, em casos graves, cirurgia periodontal.
Manejo da xerostomia
Pode-se recomendar o uso de substitutos de saliva, o aumento da ingestão de água, a utilização de umidificadores e evitar o cigarro e o álcool.
Tratamento de infecções fúngicas
Medicamentos antifúngicos orais ou tópicos são usados para tratar infecções como a candidíase oral.
Orientação nutricional
Reduzir a ingestão de açúcares e carboidratos refinados pode ajudar na prevenção de cáries e no controle glicêmico.
Leia também: Higienização bucal: como fazer de forma adequada?
De quanto em quanto tempo uma pessoa com diabetes deve ir ao dentista?
Para Kyrillos, a frequência das idas ao dentista varia de acordo com a gravidade do caso e as especificidades de cada paciente, mas o ideal é que isso aconteça a cada dois a quatro meses.
“Em alguns casos, ou se surgirem problemas específicos, pode-se recomendar visitas mais frequentes. É fundamental discutir a situação individual com o dentista”, defende.
Além disso, o especialista destaca a importância de tentar manter um acompanhamento com o mesmo profissional.
Assim, ele pode criar um histórico comparativo e fornecer orientações personalizadas baseadas nas necessidades específicas do paciente.
Outros hábitos importantes
Por fim, Kyrillos afirma que também é necessário manter os cuidados gerais, como:
- Uso correto da escova e da pasta de dentes: prefira escovas com cerdas macias e cremes dentais com substâncias adequadas para a saúde da gengiva, como os produtos da linha Colgate PerioGard;
- Técnica adequada de escovação e do manejo do fio dental: escove suavemente ao redor da linha da gengiva e em todas as superfícies dos dentes. Isso é importante para remover a placa bacteriana sem causar irritação ou sangramentos;
- Redução dos lanches açucarados: snacks ricos em açúcar aumentam o risco de cáries, especialmente se consumidos com frequência entre as refeições;
- Beber água com flúor: isso ajuda a fortalecer o esmalte dos dentes e a prevenir cáries;
- Abandonar o fumo: fumar aumenta o risco de doenças gengivais, câncer oral e outras complicações – além de piorar o controle glicêmico;
- Autocuidado geral: um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e dieta equilibrada, ajuda no controle do diabetes e beneficia a saúde bucal;
- Atenção a sinais de alerta: sangramento gengival, mau hálito persistente, boca seca ou dor muitas vezes indicam problemas que necessitam de atenção profissional.
Linha Colgate PerioGard: mais recomendada por dentistas para a gengiva
Pacientes com diabetes podem se beneficiar com os produtos Colgate PerioGard, desenvolvidos especialmente para manter a sua gengiva mais saudável graças ao poder do citrato de zinco e da clorexidina.
A escova de dentes da linha, por exemplo, tem cerdas microfinas e ultramacias e cabo ergonômico que facilita a escovação, além de cabeça emborrachada que não machuca a gengiva.
Já o creme dental é feito com citrato de zinco, substância clinicamente comprovada que ajuda a prevenir a gengivite, a placa bacteriana e o sangramento da gengiva. Por fim, os enxaguantes bucais também contribuem para a saúde da gengiva.
Fonte: Marcelo Kyrillos, dentista especializado em saúde e função dos dentes e sócio fundador do Ateliê Oral.