Dia da caridade: a importância para a saúde mental
Hoje, dia 19 de julho, é comemorado o dia da caridade. A data foi criada em 1996, oficializado com a Lei nº 5.063, decretada pelo ex-presidente do Brasil, Humberto Castelo Branco.
Dessa maneira, o dia da caridade tem como objetivo conscientizar a população brasileira sobre a prática da solidariedade. É uma forma de incentivar a empatia entre os seres humanos.
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O que é caridade?
Para a psicóloga cognitiva Rejane Sbrissa, a caridade é uma virtude humana: “é a atitude de agir sem esperar nada em troca. Ou seja, é amar ao próximo como a si mesmo. São manifestações de amor à humanidade.”
Assim, quando falamos em caridade, é comum as pessoas associarem à doação de bens materiais, roupas, alimentação, ajuda financeira. Mas, de acordo com Rejane, a caridade não se resume apenas a isso.
“Dar de nós mesmos, disponibilizar nosso tempo, sorriso, abraços e comprometimento com a vida da humanidade, ajuda muito mais. Quando fazemos isso, nos tornamos exemplo de como ser melhores seres humanos, do quanto nos importamos verdadeiramente com o outro. É sobre cultivar o bem e a empatia”, explica a psicóloga.
Importância para a saúde mental
Tanto a caridade quanto a gratidão são importantes para a nossa saúde mental. A psicóloga ressalta que ser caridoso, bondoso e generoso nos faz bem.
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“Demonstramos e vemos a felicidade do outro através de nós. Os atos de generosidade nos faz sentir gratidão na alma, nos faz plenos. Por isso faz tão bem a nossa saúde física e mental”, afirma a psicóloga.
Além disso, quem recebe a caridade também é impactado positivamente. “É uma forma de mudarmos o mundo através de nós mesmos. A caridade é uma virtude que molda quem somos e contagia quem recebe”, explica Rejane.
A ciência confirma os benefícios
De acordo com um estudo publicado no jornal científico Psychosomatic Medicine: Journal of Biobehavioral Medicine, o ato de caridade ativa regiões do cérebro ligadas ao cuidado parental.
Para a pesquisa, os cientistas contaram com a participação de 45 pessoas. Assim, cada um precisava escolher entre ajudar alguém financeiramente, realizar ações para benefício próprio ou fazer doações para caridade.
Por fim, após passar por uma avaliação emocional, os resultados mostraram que as atitudes positivas aumentaram a ativação do estriado ventral e da área septal. Ou seja, regiões ligadas a comportamentos de cuidado parental em animais.
Fonte: Rejane Sbrissa, psicóloga cognitiva.