Dia da Amizade: benefícios de socializar

Bem-estar Equilíbrio
14 de Fevereiro, 2023
Dia da Amizade: benefícios de socializar

Hoje é comemorado no Brasil o Dia da Amizade, uma adaptação do “Valentine’s Day”, que é comemorado no mesmo dia no exterior. Por isso, viemos ressaltar os benefícios da socialização para a nossa saúde mental.

Benefícios da socialização

De acordo com Higor Caldato, médico psiquiatra e sócio da Nutrindo Ideais, para a grande maioria das pessoas, a construção das relações sociais trazem a sensação de bem-estar e é vista como uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida e a saúde emocional.

“O nosso cérebro apresenta áreas que são especializadas em regular o nosso comportamento social, isso torna possível vivermos em sociedade, sermos mais empáticos, assertivos e resolver conflitos interpessoais”, explica.

Para o especialista, os seres humanos são sociais, está no DNA a necessidade de se conectar e se relacionar uns com os outros, mesmo que de forma mínima. “Desse modo, viver em sociedade, suportar as diferenças, estabelecer regras de convívios e limites tem sido um trabalho árduo para nossa espécie desde que surgimos há milhares de anos”, disse Philipe.

Segundo Philipe Diniz, médico psiquiatra da Nutrindo Ideais, a socialização pode ser considerada um dos pilares que sustentam uma boa saúde mental, juntamente com a nutrição, a movimentação, o descanso/lazer e o sono. Assim, a conexão entre as pessoas é essencial.

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O que fazer quando a “bateria social” esgota? 

Os psiquiatras ressaltam que ao sentir que a bateria social está acabando o ideal é fazer uma pausa consciente. Ou seja, distrair-se, descansar e fazer atividades prazerosas e saudáveis, pois isso pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade

Ainda de acordo com os especialistas, algumas pessoas apresentam dificuldade social por conta de condições como o Transtorno do Espectro Autista. “Nesses casos, é importante ter um acompanhamento profissional especializado para estimular de maneira correta o desenvolvimento das interações sociais”, explica Caldato. 

Para Philipe, temos ainda outras condições que forçam o isolamento, como pânico, fobia social, agorafobia e transtorno de personalidade esquiva. Dessa maneira, essas situações também exigem tratamento médico e psicológico.

“Outro tópico, talvez o mais importante, é quando pensamos na bateria social como uma falta de desejo de se relacionar com as pessoas. Basicamente, uma preguiça pelo contato com o outro. Assim, a primeira coisa a se fazer é parar e refletir sobre essa falta de desejo. Não sendo secundária a um transtorno mental (neste caso um profissional pode te ajudar nesta análise), vale a pena analisar a qualidade de suas relações”, completa.

Dia da Amizade: quais são os melhores meios de socialização?

Atualmente, uma das formas mais comuns de se conectar com outras pessoas é através das redes sociais, chats e jogos online. “Os mais comuns não significam ser os melhores. No mundo moderno, a globalização vem tomando conta das nossas vidas e com isso as interações se tornam cada vez mais virtuais”, comenta Caldato. 

Mas para o médico psiquiatra, os encontros presenciais são ainda mais importantes. Portanto, neste Dia da Amizade, busque frequentar ambientes que permitam a construção de novas relações e que te façam bem, como restaurantes, feiras livres, festas de casamento, formaturas, aniversários, entre outros. 

Por fim, Diniz observa que de fato a tecnologia permitiu formas impensáveis de nos socializar: de uma deliciosa conversa com a vovó a quilômetros de distância, até mesmo a marcação de um encontro para uma noite mais animada. Assim, é possível que isso seja utilizado de uma forma a nos aproximar cada vez mais.

Referências

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. 32. ed. Porto Alegre – RS: L&PM, 2018. 464 p. ISBN 9788525432186.

Fontes

  • Higor Caldato, médico psiquiatra e sócio da Nutrindo Ideais, especialista em psicoterapias e transtornos alimentares; 
  • Philipe Diniz, médico psiquiatra da Nutrindo Ideais, mestre em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor de pós-graduação (Universidade Celso Lisboa).

Sobre o autor

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