Defasagem educacional em crianças após a pandemia: o que fazer?
A pandemia trouxe diversas consequências negativas para a vida das pessoas. Com as crianças não foi diferente, inclusive, esse período afetou, principalmente, a aprendizagem dos pequenos. E uma das maiores preocupações entre os pais é a defasagem educacional.
O que é defasagem educacional?
A psicóloga, palestrante e escritora Ellen Moraes Senra explica que a defasagem educacional ocorre quando o aluno está atrasado no conteúdo em relação ao currículo, a idade e ao ano escolar. Ou seja, não se tem o nível esperado de aprendizagem.
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Causas
As causas da defasagem educacional são diversas. Assim, fatores como insegurança sobre os conteúdos, mau desempenho em avaliações e atraso cognitivo são algumas delas.
De acordo com Ellen Moraes, o problema pode surgir também por conta de questões situacionais, como foi com a pandemia da COVID-19.
“Isso porque, temporariamente, as crianças ficaram sem aula e, em seguida, ingressaram no modelo online. Elas foram sofrendo adaptações conforme os educadores e as instituições viam a adaptação dos alunos ou a falta dela. Além de questões relacionadas à qualidade de conexão de internet e a ausência de um adulto para acompanhar suas aulas”, explica.
Os pais devem ajudar os filhos
É essencial que os pais ajudem e acompanhem o processo de aprendizagem dos filhos para evitar a defasagem educacional.
A psicóloga ressalta que os pais devem ajudar nas tarefas de casa e até mesmo contratar ajuda profissional caso a criança não consiga acompanhar o ritmo de aprendizagem.
Como lidar e evitar a defasagem educacional?
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma forma de ajudar com o processo de aprendizagem é as escolas criarem uma forma de comunicação diária com os alunos.
“Evitar nem sempre será possível. Mas cabe às escolas avaliar o nível de defasagem dos alunos, orientando os pais que tipo de ajuda se fará necessário, podendo haver a possibilidade de voltar o aluno de ano casos defasagem seja muito grande”, finaliza a psicóloga Ellen Moraes.
Fonte: Ellen Moraes Senra, psicóloga, palestrante e escritora.