Cura para a hidradenite supurativa: existe?
A hidradenite supurativa é uma doença de pele que se caracteriza por lesões dolorosas que podem ter secreção ou pus, assemelhando-se a espinhas inflamadas. Uma das dúvidas mais comuns de quem recebe o diagnóstico é: o que fazer para eliminar o problema? Conversamos com o dermatologista Wagner Galvão para entender se existe, ou não, a cura para a hidradenite supurativa. Confira!
Como é feito o diagnóstico
Antes de tudo, é importante ter o diagnóstico correto da condição. O médico explica que, apesar de não existir um exame específico, o diagnóstico é feito baseado em características típicas da doença. “Avaliamos as lesões típicas que podem ser os comedões (cravos), nódulos, abscessos e túneis (fístulas)”, explica. “Além disso, o paciente deve apresentar crises recorrentes, ou ter tido pelo menos duas”, conta o dermatologista.
Geralmente, essas lesões estão presentes nas axilas, nádegas, mamas ou na região inguinal. É uma doença que causa muita dor e pode evoluir para quadros mais graves, até mesmo precisando de cirurgia. “Com a progressão da doença, os casos mais graves apresentam dor mesmo fora das crises e lesões que progridem com cicatrizes”, explica Galvão.
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Afinal, existe cura para a hidradenite supurativa?
Infelizmente, não. Mas, a boa notícia é: com tratamento existe controle e até mesmo remissão da doença. “Apesar de não existir cura para a hidradenite supurativa, com acompanhamento médico, é possível controlar bem a condição. Avançamos muito nos últimos anos no tratamento clínico”, reforça o médico.
Entre os avanços estão os medicamentos imunobiológicos, que trouxeram mais controle da hidradenite supurativa. Além disso, há a opção de tratar de forma cirúrgica. Mas, sem dúvida, a combinação de diversos tipos de tratamento garante um melhor desfecho e, consequentemente, mais qualidade de vida para os pacientes. “Os tratamentos cirúrgicos e a terapia a laser, por exemplo, quando associados aos clínicos dão resultados muito satisfatórios.”
Além disso, o especialista também destaca a importância do diagnóstico precoce. “Com o diagnóstico e acompanhamento correto, o paciente tem altas chances de alcançar a remissão da doença”, finaliza Galvão.
Fonte: Wagner Galvão, dermatologista no Hospital Alemão Sírio-Libanês.
Referência: SBD