Covid: Como proteger a saúde de crianças menores de 5 anos que não podem tomar vacina
A campanha de vacinação de crianças contra a Covid-19 começou em fevereiro. A notícia foi um verdadeiro alívio para as famílias, já que ocorreu em meio a um pico da doença causada pelo avanço da variante Ômicron, além da volta às aulas presenciais. No entanto, a campanha de vacinação é destina apenas para crianças de 5 a 11 anos. Dessa forma, crianças menores de 5 anos continuam sem imunização. Por isso, saiba agora como protegê-las.
Por que ainda não vacinamos crianças menores de 5 anos?
Estudos ainda estão em andando no Brasil para aprovar a vacinação contra Covid-19 para crianças menores de 5 anos. Porém, a boa notícia é que os especialistas acreditam que em breve novas faixas etárias da população pediátrica serão incluídas no plano de vacinação.
Até o momento, temos a expectativa para aprovação de duas vacinas para o público infantil no Brasil: a da CoronaVac e da Pfizer. O primeiro imunizante — que utiliza uma plataforma de vírus inativo e é produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac — foi submetido à aprovação da Anvisa para a população de 3 a 17 anos. No entanto, a agência regulatória brasileira autorizou o uso apenas para o grupo acima de 6 anos, excluindo as crianças imunossuprimidas.
A importância em vacinar crianças de todas as faixas etárias
Por mais que a Covid costume ser menos grave nos primeiros anos de vida, isso não significa que ela não provoque hospitalizações e mortes na infância. Até o fim de 2021, por exemplo, o Brasil contabilizou 1.449 óbitos de meninos e meninas de até 11 anos relacionados ao coronavírus. Os dados são de um relatório publicado pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde, o Conass.
Assim, países como China, Chile, Colômbia, Tailândia, Camboja, Equador e Hong Kong são alguns que já administram a CoronaVac para imunizar crianças menores de cinco anos. O Butantan fez um pedido para a liberação da vacina na Anvisa e o processo de análise está em andamento. No dia 22 de março, a agência reguladora realizou uma reunião com representantes de diversas instituições, como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, para discutir os dados apresentados.
Não há uma perspectiva de quando deve sair uma resposta para o pedido, mas a agência diz que “os técnicos da Anvisa continuam trabalhando no processo”. Nos EUA, a ideia de vacinar crianças bem pequenas também já está sendo colocada em pauta: a Pfizer chegou a enviar dados para a Food and Drug Administration (FDA, a agência de saúde dos EUA) com a intenção de obter autorização emergencial para vacinar o público a partir dos 6 meses.
Como proteger a saúde de crianças menores de 5 anos
Especialistas afirmam que para proteger a saúde de crianças menores de 5 anos não-vacinadas deve-se combinar uma série de cuidados e estratégias, tais como:
- Manter a vacinação do resto da família atualizada
- Incentivar o uso de máscaras adequadas à infância em lugares fechados
- Discutir algumas mudanças nos horários da entrada e do recreio nas escolas
- Garantir a circulação de ar nas salas de aula
- Não levar a criança com sintomas de infecção respiratória (como gripe, Covid ou resfriado) para locais de convívio com outras pessoas.
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