Como identificar se a criança precisa de aparelho ortodôntico

Saúde
13 de Fevereiro, 2023
Como identificar se a criança precisa de aparelho ortodôntico

Ter os dentes na posição correta vai muito além da estética de um sorriso perfeito. A mordida cruzada, o apinhamento e outras situações similares trazem diversos inconvenientes que afetam o dia a dia do paciente. A solução para isso é o uso do aparelho dentário. Já na infância, é possível detectar se a criança precisa de aparelho ortodôntico. Afinal, ter os dentes na posição adequada vai muito além da estética. Pois, problemas como dentes apinhados e mordida cruzadas podem afetar o dia a dia da criança, sua fala, mastigação e até o sono. 

Sendo assim, os pais devem ficar atentos ao desenvolvimento dental dos pequenos e levá-los ao ortodontista para uma avaliação.

Usar aparelho: quando começar

Vívian Farfel, odontopediatra e ortodontista pela Universidade de São Paulo (USP), explica que a Associação Americana de Ortodontia recomenda uma avaliação do desenvolvimento da oclusão aos 7 anos de idade para determinar se a criança precisa de aparelho ou não. Mas, ela alerta que, antes de pensar no aparelho, os pais não podem esperar a criança com 6 anos ou menos apresentar problemas visíveis nos dentes para procurar uma avaliação especializada. 

“Há crianças que andam com a boca aberta, são incapazes de fechá-la, rangem os dentes, apresentam ansiedade e roncam como adultos. Assim, ajudar os pequenos precocemente é obrigação para que eles possam desenvolver perfis fortes, vias respiratórias e articulações saudáveis. Por isso, deve-se iniciar o tratamento o quanto antes”, explica a dentista. 

A doutora Vivian indica  que a criança deve ir ao profissional antes do surgimento dos primeiros dentinhos de leite na boca. “Torna-se recomendável que as crianças passem por consultas o quanto antes, com meses de vida. Pois, existem condutas que podem ser realizadas para impedir que algum problema se instale”. 

Sinais de que a criança precisa de aparelho ortodôntico

A dentista explica que a prevenção e o tratamento precoce são essenciais para que o paciente não desenvolva deficiência no crescimento dos maxilares e mal oclusões dentárias. Nesse sentido, os pais podem prestar atenção de a criança apresenta algum dos sinais e sintomas abaixo: 

  • Mordida cruzada, com estreitamento da arcada superior;
  • Mordida aberta, em que os dentes superiores não têm contato com os inferiores;
  • Queixo mais para frente ou para trás do que o normal;
  • Mordida profunda em que os dentes superiores cobrem os inferiores;
  • Dentes projetados para fora da boca;
  • Falta ou excesso de espaço entre os dentes;
  • Dentes tortos ;
  • Dentes nascendo em locais indevidos, como no palato, acima ou atrás de outros.

“Devemos entender que os dentes tortos ou a mal oclusão não surgiram sozinhos. As principais causas são postura errada aberta da boca, postura  errada da língua e funções inadequadas. Assim, para corrigir tais questões, a criança deve respirar pelo nariz, manter os lábios fechados, a língua em posição correta e ter uma mastigação e deglutição equilibradas e eficientes”, pontua. 

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Quais os aparelhos mais indicados para crianças 

Existem diversos modelos de aparelhos ortodônticos e os pais podem ficar em dúvida sobre qual tipo escolher para o tratamento. Cada aparelho tem uma indicação precisa e quem vai determinar qual o melhor tipo e quanto tempo de tratamento é a necessidade da arcada dentária do paciente. 

“Entre os aparelhos mais indicados, temos os expansores, que tem por objetivo deixar a arcada mais larga”, conta a dentista. “Eles podem ser fixos presos aos dentes ou removíveis, feitos de acrílico ou metal”, acrescenta. 

Por fim, a profissional explica que crianças também podem usar aparelhos alinhadores invisíveis. “Mas, eles só podem ser instalados na dentição mista. Ou seja, os primeiros molares e incisivos permanentes já devem estar em boca”. De acordo com a especialista,  ele é indicado como fase inicial parcial, podendo necessitar de tratamento posterior na fase de  dentição permanente completa. 

Fonte: Vívian Farfel, odontopediatra e ortodontista pela Universidade de São Paulo

 

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