Cortar o cabelo faz ele crescer mais rápido? Veja mitos e verdades sobre os fios
Há diferentes tipos de cabelos, muitos jeitos de usá-los e, para muitas pessoas, eles são responsáveis pelo sentimento de bem-estar e confiança. De acordo com a pesquisa da International Society of Hair Restoration Surgery, o cabelo, ou a falta dele, é o atributo físico que mais afeta a autoestima, impactando, inclusive, carreiras. Dessa forma, o que não faltam são teorias sobre os fios. Por exemplo, cortar o cabelo faz ele crescer mais rápido? É importante fazer cronograma capilar? Veja agora os mitos e verdades sobre os fios!
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Mitos e verdades sobre os cabelos
Verdade: não tem problema lavar o cabelo todos os dias
De acordo com a dermatologista Natália Venturelli, a saúde capilar começa mantendo os cabelos limpos. Assim, não há contraindicação em lavá-los todos os dias ,desde que se respeite o tipo do fio. “É preciso conhecer o couro cabeludo e as características do cabelo para estabelecer uma frequência de lavagem e não ressecá-lo, por exemplo”, explica.
A higiene, além de garantir cabelos saudáveis e bonitos, é aliada para evitar dermatites, irritações e descamações do couro cabeludo. “O acúmulo de sujeira no cabelo pode também favorecer o surgimento de caspa e alterações inflamatórias do couro cabeludo que precisam de avaliação e tratamento médico”, esclarece a dermatologista.
Mito: Cortar o cabelo faz com que ele cresça mais rápido
O corte dos fios não tem influência no crescimento capilar e nem deixa os fios mais fortes. “Isso porque cortamos a haste, conhecida como parte ‘morta’, e o cabelo continua crescendo na mesma velocidade, geralmente 1,25 centímetros por mês”, ensina.
O crescimento do cabelo é influenciado por diferentes fatores, entre eles idade, genética, alimentação, hormônios e a saúde geral do corpo. “Cada folículo capilar contém células-tronco programadas para produzir um tipo específico de cabelo, incluindo textura, cor e espessura e o tamanho dos fios serão determinados, principalmente, pela genética”, salienta. “Algumas condições de saúde, como doenças autoimunes, distúrbios da tireoide e deficiências nutricionais também podem afetar o crescimento capilar”, completa Natália Venturelli.
Mito: Usar anticoncepcional no shampoo traz benefícios aos fios
“Não existem estudos que comprovem a eficácia dessa combinação, até mesmo porque o anticoncepcional é um remédio de uso oral e prescrição médica. Assim, não temos conhecimento se seus componentes seriam absorvidos através do uso tópico, misturado ao shampoo”, reforça a especialista.
Mito: Além de cortar o cabelo, deve-se massagear o couro cabeludo
“Essa atividade pode aumentar o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e estimular as células do folículo capilar, além de ajudar a remover a sujeira e o acúmulo de produtos que podem obstruir e dificultar o crescimento, mas não é uma garantia de que ele vai acontecer e sim de que a saúde dos fios vai melhorar”, define.
Mito: Fazer cronograma capilar faz o cabelo crescer
Eles funcionam como maquiagem e tratam a haste do fio, melhorando a luminosidade e dando brilho, entretanto não atuam no crescimento do cabelo.
Mito: Utilizar óleo de rícino estimula o crescimento
Extraído das sementes da planta medicinal Ricinus communis, esse óleo tem propriedades laxantes e é usado no tratamento da prisão de ventre. “Há evidências muito fracas que ele melhora a qualidade e o brilho do cabelo e nenhuma eficácia comprovada no crescimento dos fios”, finaliza Natália Venturelli.
Antes de pensar em cortar o cabelo, a higiene deve ser prioridade!
O cuidado adequado dos cabelos requer limpeza, hidratação regular, uso de produtos específicos para o tipo de fio e boa alimentação. “Dessa forma, evite o uso excessivo de calor e químicos, evitando assim a quebra dos fios e promover o crescimento saudável do cabelo”, orienta a médica, que também alerta para o uso de receitas caseiras e dicas milagrosas difundidas nas redes sociais.
“É necessário lembrar que essas dicas não têm embasamento científico ou evidências que comprovem sua eficácia e algumas usam ingredientes que podem causar irritação, sensibilidade ou reações alérgicas”, argumenta Natália.