Cor da urina: descubra o que cada uma diz sobre a sua saúde

Saúde
09 de Novembro, 2023
Cor da urina: descubra o que cada uma diz sobre a sua saúde

A urina é um fluido produzido pelos rins composto principalmente de água, sais minerais e substâncias que precisam ser eliminadas do corpo. “A cor da urina é um fator importante. Isso porque, por ela, é possível ter informações sobre as condições de saúde do organismo”, explica Alexandre Magno Borges Tanck, Farmacêutico Bioquímico.

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Cor da urina: o que cada uma indica?

Poucas pessoas dão atenção ou conhecem o significado das diferentes cores da urina. Assim, Alexandre esclarece algumas dúvidas sobre o tema.

Amarelo-clara

Essa coloração é normal e indica estabilidade e, em grande parte das vezes, um organismo funcional saudável. Porém, é preciso ter atenção quanto a dores durante a micção (ato de urinar), pois pode indicar infecções.

Cor da urina: transparente

A hidratação é um fator importante quando o assunto é a cor da urina. Assim, quanto mais água, mais claro será o tom do líquido.  A hidratação diária é importante para um ótimo funcionamento dos rins, bem como pessoas que tiveram ou têm situações de cálculos renais.

Nesse sentido, Alexandre alerta que a urina muito clara, em grandes volumes, pode indicar um tipo raro de diabetes. “Podemos pensar em Diabetes Insipidus, porém não é uma doença muito comum. A pessoa urina em excesso o que resulta em uma urina não concentrada, podendo variar entre 3 a 10 litros por dia.” explica.

Amarela-escura

Nesse caso, a urina com a tonalidade mais escura está associada, geralmente, à baixa hidratação. Dessa forma, pode indicar valores elevados de alguns elementos, como ureia (composto formado no fígado). Esta coloração também pode indicar o início de alguma infecção, por exemplo. Tons mais escuros de amarelo indicam sinal de alerta e, se persistirem, deve-se procurar um médico, pois pode estar relacionada a alguma disfunção do fígado.

Laranja avermelhado

Tons escuros estão relacionados a diversos fatores. “Pode ser por conta do uso de medicações, alimentos (como beterraba) e problemas de saúde. Em casos de hepatite A, que é uma doença comum que prejudica o fígado, o paciente começa a produzir, de forma elevada, um composto chamado bilirrubina, que está diretamente ligado à coloração do fluído. Quanto mais produzida, mais escuro o tom da urina será”, explica o especialista.

“Esse tom avermelhado também pode ocorrer em casos graves de infecção e tumores. Além disso, pode indicar hematúria, presença de sangue na urina, que deixa o tom avermelhado”, diz Alexandre.

Exames para analisar a cor da urina

Na hora de avaliar a cor da urina, tudo dependerá dos exames solicitados e o que está em investigação. “Se o paciente tem diabetes, o médico indicará qual urina precisa ser avaliada. Por exemplo, o paciente pode colher a amostra da primeira urina da manhã, que está mais concentrada e é a mais comum, ou durante um ciclo de 24 horas, que despreza a primeira urina do dia e segue coletando as demais, realizadas ao longo do período”, afirma.

Nos casos de exame parcial, isto é, que ajuda a avaliar a função renal e possibilita a identificar infecções, ou uma cultura de urina, que identifica bactérias, despreza-se apenas o primeiro jato. “Nessas situações, a urina não é colhida por inteira. O paciente precisa ir ao banheiro, urinar um pouco, segurar o jato e direcionar para o frasco de coleta. Depois de chegar até cerca de uns 60 ml, pode voltar a urinar normalmente”, explica o especialista.

E como ocorre a análise da cor da urina?

No caso de coleta parcial de urina, pesquisam-se algumas substâncias, como glicose, proteínas, urobilinogênio, hemoglobina, nitrito e o sedimento encontrado na urina. Então, eles passarão pelo exame microscópico para visualização.

“A amostra do líquido é inserida em um tubo e centrifugada dentro de um equipamento. Por causa da gravidade, cristais, sedimentos e outras substâncias vão para baixo do tubo. Com isso, é possível coletar e fazer uma análise microscópica do material, no caso o sedimento”, finaliza o coordenador.

Fonte: Alexandre Magno Borges Tanck, Farmacêutico Bioquímico e Coordenador da Assessoria Científica do DB Diagnósticos.

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