A convulsão é um tipo de crise epiléptica que acontece quando um agrupamento de células cerebrais se comporta de maneira anormal. Algumas situações podem predispor o aparecimento de uma crise convulsiva, como febre, estresse, drogas ou distúrbios metabólicos, privação de sono ou estímulos visuais excessivos, por exemplo. Um desses gatilhos foi o responsável pela crise vivida pela apresentadora Luíza Mell na última quarta-feira (11). Ela usou as redes sociais para falar sobre a convulsão por estresse.
“Fui internada ontem, tive uma convulsão. Caí no chão, bati as minhas costas. Não sabem ainda o que é, mas também é muito estresse, gente. Não sei se consigo viver assim, todo mês implorando”, disse no Instagram, lamentando a pressão que sofre por causa do trabalho como ativista da causa animal. “O Brasil inteiro, todo mundo me pede para eu salvar cachorro. Quando não salvo, falam que eu sou uma farsa. E quando eu salvo, eu não me ajudo. Eu não aguento mais. Eu não sei o que fazer, juro que não sei mais, gente. Não posso me matar deste jeito”, completou.
Leia mais: Epilepsia e convulsão: entenda a diferença e o que fazer
A convulsão é caracterizada pela contração dos músculos de forma involuntária e pode ser causada por diversos motivos, um deles é a epilepsia. Em outros casos, de maneira isolada, a crise convulsiva pode aparecer em pessoas com diabetes, por exemplo, caso o açúcar no sangue esteja muito baixo ou em alguém que teve um trauma na cabeça. Há crianças que têm crises convulsivas em caso de febre. Na convulsão, o paciente apresenta movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos, liberação de esfíncteres e perda de consciência.
Pessoas com um transtorno convulsivo estão mais propensas a ter uma convulsão quando:
Uma pesquisa realizada em 2017 por cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, revelou que o nervosismo está ligado a um aumento no número de convulsões em adultos epilépticos. De acordo com o levantamento, o risco de uma crise aumenta três vezes entre aqueles com ansiedade generalizada e duas vezes para quem tem transtornos de humor.
Foram considerados como fatores estressantes os seguintes episódios: doença ou morte na família, perda de emprego ou problemas com dinheiro, relacionamentos mal sucedidos, lesão física e dificuldades legais. Ou seja, cenários realmente complicados — e não apenas de um dia isolado de nervosismo.
Os resultados indicam caminhos importantes para quem sofre com epilepsia. Segundo o estudo, “as intervenções de redução de estresse, como a técnica mindfulness e a terapia comportamental cognitiva, podem ser consideradas tratamentos adjuntos seguros e baratos”. Os experts também afirmam no artigo que essas descobertas são relevantes, sobretudo para pessoas de baixa renda.