Contágio pela ômicron não é garantia contra reinfecção, diz estudo
Um novo levantamento realizado por pesquisadores da Imperial College London, na Inglaterra, trouxe luz a mais uma conclusão importante sobre a Covid-19. De acordo com os estudiosos, o contágio pela ômicron não garante proteção contra reinfecções causadas pela variante. Ainda segundo especialistas, esta seria uma das explicações do porquê a mesma pessoa acaba testando positivo consecutivas vezes para a doença pandêmica.
Para se obter tais resultados, 731 profissionais da saúde do Reino Unido participaram da pesquisa. Eles receberam três doses da vacina contra Covid-19 entre março de 2020 e janeiro de 2022. A partir da última imunização, coletaram-se amostras de sangue de cada um para que se desenhasse as conclusões do estudo.
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Contágio pela ômicron X proteção contra reinfecção
A pesquisa chegou a duas evidências importantes. Primeiramente, os participantes que tomaram as três doses da vacina, porém não apresentaram histórico de contágio pelo coronavírus, tiveram um impulsionamento imunológico contra as variantes anteriores após acusarem positivo para a ômicron. Dentre as cepas, cita-se proteção contra a Alfa, Beta, Gamma, Delta e a que originou a pandemia ao redor do mundo. No entanto, a imunidade contra a própria ômicron seguiu baixa.
Já quem não teve nenhum reforço de imunidade foram os integrantes do estudo que haviam sido infectados pelo SARS-CoV-2 durante a primeira onda da doença e, em seguida, testaram positivo novamente para a Covid-19 em decorrência do contágio pela ômicron.
“Descobrimos que esta cepa está longe de ser um impulsionador natural benigno da imunidade da vacina. Mas é um evasor imunológico: não só pode romper as defesas do imunizante, como parece deixar poucas das marcas que esperávamos no sistema imunológico”, refletiu Danny Altmann, um dos autores do estudo à Imperial College London.
Dessa forma, embora a imunização continue evitando casos graves e mortes causadas pela Covid-19, teme-se que a cepa comece a superar a proteção da vacina e o indivíduo tenha pouco reforço imunológico diante de reinfecções futuras.
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