Colite pseudomembranosa: o que é, sintomas e tratamento
A colite pseudomembranosa é uma doença inflamatória severa do intestino grosso (cólon), também denominada colite diftérica. Ela é caracterizada pela formação de placas amarelo-esbranquiçadas na parede interna do órgão. Dessa forma, os sintomas são, principalmente, diarreia e dor abdominal. Além disso, a doença é mais comum em pessoas idosas, hospitalizadas ou imunossuprimidas.
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Quais são as causas da doença?
A principal causa da doença está associada à infecção pela bactéria Clostridium difficile. Seu surgimento, por sua vez, se dá pela utilização de antibióticos que levam à modificação da flora intestinal, permitindo o crescimento excessivo e colonização da bactéria.
Além disso, a colite pseudomembranosa também pode ser causada por obstrução intestinal, isquemia (falta de suprimento sanguíneo), intoxicações, aumento de uréia na corrente sanguínea, dentre outros fatores.
Sintomas de colite pseudomembranosa
Os sintomas podem variar de acordo com o tipo e intensidade da doença. Elas incluem a colonização assintomática da bactéria, o que transforma os portadores do C. difficile em transmissores naturais da doença.
Aqui vale ressaltar como é feita a transmissão da doença. Ela ocorre via fecal-oral e é facilitada pelo contato direto com os micro-organismos. Portadores da bactéria, por exemplo, funcionam como reservatórios naturais ao eliminá-las pelas fezes. Sob a forma de esporos, elas sobrevivem por muito tempo no ambiente e podem espalhar a infecção pelo contato direto com objetos contaminados ou por simples apertos de mãos.
Sendo assim, os principais sintomas da colite pseudomembranosa são diarréia volumosa e aquosa, náuseas, febre, desidratação, dor e distensão abdominal, além da perda de apetite e eliminação de muco ou pus nas fezes.
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Diagnóstico e tratamento
Já se sabe que a grande maioria dos casos de colite pseudomembranosa são causados pela colonização do intestino grosso pela bactéria Clostridium difficile. No entanto, também deve ser realizada uma investigação inicial para afastar outras causas que possam requerer tratamentos específicos (como isquemia do intestino).
Se o diagnóstico confirmar a infecção pela bactéria (nesse caso, são feitos exames de fezes para demonstração do agente ou de toxinas produzidas por ele), o tratamento é realizado pela interrupção da medicação suspeita de causar o quadro. Além disso, pode incluir o uso de antibióticos comprovadamente eficazes no combate à bactéria, como metronidazol ou vancomicina.
Em casos mais graves ou naqueles em que houve mais de uma recorrência do quadro, deve ser considerada a técnica de transplante de fezes (transplante fecal de microbiota). Nesse caso, o procedimento é realizado por meio de uma sonda introduzida no cólon.
É possível prevenir a colite pseudomembranosa?
As principais medidas de prevenção da colite pseudomembranosa são não utilizar antibióticos por tempo prolongado e não prescritos por um médico, além de sempre lavar as mãos com água e sabão. Além disso, é fundamental ter cuidados redobrados com a higiene , especialmente ao visitar pessoas diagnosticadas com a bactéria.
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