Cirurgias plásticas cobertas pelo SUS: saiba quais são e os critérios
Muitas pessoas não sabem, mas algumas cirurgias plásticas são cobertas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Contudo, uma cirurgia desse tipo é aceita pelo sistema em casos específicos, quando há uma deformidade estética que atrapalha a qualidade de vida do indivíduo, seja congênita ou adquirida. Por exemplo, a reconstrução mamária após o tratamento do câncer.
Embora seja uma questão delicada — afinal, cada um tem suas motivações para desejar mudar algo que afeta a autoestima — o sistema possui uma lista pré-definida de intervenções cirúrgicas reparadoras. Saiba mais e como se inscrever para fazer o procedimento.
Cirurgias plásticas cobertas pelo SUS: o que você precisa saber
Antes de mais nada, é importante conhecer quais cirurgias o SUS oferece. São elas:
- Correção de lábio leporino.
- Redesignação de sexo.
- Abdominoplastia em casos de perda de peso drástica, sobretudo com histórico de cirurgia bariátrica.
- Otoplastia (ajuste das orelhas de abano).
- Mastopexia com redução de mamas muito grandes.
- Cicatrizes e danos causados por queimaduras.
- Deformidades gerais no rosto.
- Fendaplaslatina (correção de pálpebras enrugadas nos olhos).
- Deformidades causadas por violência doméstica.
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Como se cadastrar para fazer um dos procedimentos acima?
Milhões de pessoas já se beneficiaram e ainda serão atendidas pelo serviço do SUS. Considerado um dos melhores sistemas de saúde do mundo, isso não quer dizer que você fará a cirurgia rapidamente.
De acordo com o Ministério da Saúde, o processo para se candidatar a um procedimento exige diversas etapas.
Tendo isso em mente, o primeiro passo é ir a uma instituição de saúde credenciada pelo SUS. Ou seja, pode ser um hospital ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde deverá agendar uma consulta médica. No momento da visita ao médico, será feita a avaliação do caso. Se o profissional julgar a necessidade da cirurgia, a solicitação será enviada à Secretaria de Saúde do seu município.
Tal processo pode demorar de semanas a meses, e possivelmente envolve a visita de um assistente social ou psicólogo até a residência da pessoa. Na ocasião, os agentes públicos verificam se o indivíduo realmente não tem condições para financiar o procedimento, além de avaliar os aspectos psicológicos e emocionais.
Vale dizer que a dinâmica entre paciente e psicólogo pode ser frequente: por exemplo, em cirurgias de redesignação sexual, a pessoa precisa de acompanhamento por um determinado período. Dessa forma, é possível preparar o paciente sobre o impacto da mudança de sexo em todos os sentidos.
Com a “alta” para realizar o procedimento, a pessoa ingressa na fila para fazer a cirurgia de forma gratuita. Dependendo do que será feito e da cidade onde você mora, a fila de espera pode demorar de meses a anos.
Por fim, em algumas situações, a secretaria de saúde pode direcionar o paciente para clínicas e hospitais de cidades próximas, se não houver disponibilidade no município onde vive.
Referências: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP); e Ministério da Saúde.