Cirurgia para varizes: entenda quando ela é indicada e os seus tipos

Saúde
01 de Setembro, 2022
Cirurgia para varizes: entenda quando ela é indicada e os seus tipos

As varizes são veias que se dilatam e ficam com aspecto tortuoso embaixo da pele. Elas podem ser de três tipos: pequeno, médio ou grande calibre, dependendo da gravidade. Assim, algumas pessoas apresentam minúsculas ramificações, de coloração avermelhada e, normalmente, o tratamento é mais simples e se dá de maneira não-invasiva. Porém, quando essa dilatação atinge o seu nível mais grave, indica-se a cirurgia para varizes.

Quando a cirurgia de varizes é recomendada?

Em suma, a cirurgia de varizes é indicada para aquelas pessoas com veias calibrosas e sintomáticas. Em outras palavras, para aquelas que apresentam sintomas como:

  • Sensação de peso nas pernas;
  • Dor;
  • Cansaço;
  • Inchaço;
  • Refluxo na safena.

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Quais são os tipos desse procedimento cirúrgico?

Atualmente, a cirurgia de varizes é dividida em dois tipos. Assim, o primeiro é o convencional, em que é feito o corte e a retirada das veias doentes. Já o segundo é o minimamente invasivo, em que se realiza o procedimento por endolaser e não há cortes.

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Cirurgia das varizes: como ela pode ser feita

Sabe-se que quando a doença atinge a veia safena, recomenda-se que ela seja retirada ou passe pelo processo de escleroterapia. Em outras palavras, o paciente passa pelo procedimento popularmente conhecido como secagem dos vasinhos. 

Assim, a retirada é feita com a passagem de um cabo desde a virilha até o tornozelo e, então, remove-se a veia por completo. Portanto, esse procedimento pode ocasionar hematomas e gerar bastante dor no pós-operatório. Já a escleroterapia pode ser feita com agentes químicos como a espuma de polidocanol. Normalmente, o especialista realiza o método em ambiente ambulatorial e, nesse caso, trata-se a varize, mas não a retira.

Há também o procedimento térmico com laser ou radiofrequência, que está associado a retirada das veias calibrosas sem incisões. Dessa forma, a recuperação tende a ser muito mais rápida e com menos dor. Nesses processos considerados não invasivos são feitos “furinhos” na pele, guiados por ultrassom, por onde o laser entra na veia. Assim, ele gera energia e queima a veia doente. 

A cirurgia por endolaser é considerada o padrão ouro no tratamento das varizes. No entanto, o material para realizá-la não é coberto pelo rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), portanto, o paciente precisa pagá-lo de forma particular.

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As principais dúvidas sobre a cirurgia para varizes

1. Quanto tempo dura, em média, o procedimento?

O tempo cirúrgico depende muito de quantas varizes o paciente possui e se terá que tratar a safena, por exemplo. No entanto, em geral, os procedimentos costumam durar em torno de duas horas. 

2. Qual tipo de anestesia se usa na cirurgia das varizes?

Normalmente, a anestesia usada na cirurgia de varizes é a raquidiana com sedação. Em algumas circunstâncias, de acordo com especialistas, pode-se fazer a anestesia geral. Todavia, fica restrita a retirada de varizes localizadas na parte posterior da perna e coxa nesses casos, pois o paciente não pode ser colocado de bruços. 

3. Como é o pós-cirúrgico?

Após a cirurgia de varizes pelo método tradicional – onde é feita a retirada da veia safena – o paciente vai para casa com as pernas enfaixadas. Ele deve ficar um dia dessa forma para minimizar hematomas. Logo após esse período, o indicado é usar meias elásticas. Assim, nesse caso, recomenda-se ainda:

  • Repouso (duras horas de repouso e 15 min de caminhada para evitar trombose);
  • Banhos com cuidados (para não retirar os pontos falsos das pequenas incisões);  
  • Evitar exposição ao sol.

Já nos casos das cirurgias minimamente invasivas, como a feita com laser, por exemplo, o paciente sai caminhando do hospital. Portanto, não há necessidade de repouso e logo ele volta às atividades do dia a dia.

4. O paciente pode voltar a dirigir após quanto tempo?

Dirigir é uma atividade que exige muito o uso das pernas. Por isso, recomenda-se que o paciente aguarde de 15 a 30 dias para voltar a comandar o carro quando a cirurgia é a de método tradicional.

Já nos casos dos procedimentos minimamente invasivos esse retorno pode ser feito no mesmo dia ou em até três dias após a intervenção médica, dependendo do caso. 

5. Pode retornar à atividade física depois de quanto tempo?

O retorno aos exercícios físicos depende do tamanho da cirurgia. Mas, em linhas gerais, a liberação ocorre entre 30 e 90 dias nos casos de procedimentos comuns. 

Já para endolaser, o médico pode permitir exercícios leves como caminhada depois de sete dias. No entanto, as atividades mais pesadas, como musculação e crossfit, tendem a ser retomadas só depois de 10 a 15 dias do procedimento. 

6. O paciente pode voltar a tomar sol depois de quanto tempo?

Independentemente do tipo de cirurgia, o paciente deve ficar 45 dias sem exposição direta ao sol. Portanto, deve-se usar calça e passar protetor solar para realizar atividades ao ar livre.

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Afinal, há contraindicação para essa cirurgia? 

A resposta é sim. Portanto, apesar da cirurgia ser bastante simples, condições pontuais levam a sua proibição, como:

  • Predisposição a sangramento como hemofilias;
  • Cirrose hepática em graus avançados;
  • Plaquetas baixas;
  • Uso de medicação anticoagulante ou antiagregante ;
  • Problemas cardiológicos graves;
  • Doença pulmonar, no rim e cerebelo;
  • Câncer em estágio avançado;

Fontes:

  • Dr. Anderson Nadiak Bueno, cardiologista e coordenador do Vascular Center do Grupo Sirius;
  • Dr. Brenno Seabra Netto, Cirurgião Vascular na Rede Meridional/Kora Saúde.

Referências:

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