Redes sociais geram efeito “cérebro de pipoca”
Cérebro de pipoca. Apesar de não ser um termo legitimado pela Psicologia, ele vem ganhando espaço nas notícias de uns tempos para cá. Isso porque busca explicar um problema causado pelo uso exagerado das redes sociais: o foco fragmentado, isto é, quando a concentração “salta” rapidamente de um lugar para o outro – de um modo bem parecido com os estouros dos grãos de milho.
Você provavelmente já passou por alguma situação assim. Por exemplo, você está trabalhando normalmente, e lembra que precisa acessar o celular para fazer alguma tarefa rápida (pagar uma conta, por exemplo). Quando percebe, vê que já passeou por todas as redes sociais, respondeu as mensagens e fez um monte de pequenas coisas, menos aquela que deveria ter resolvido em primeiro lugar.
Mas não pense que a culpa é totalmente sua. Alguns aplicativos populares são projetados para encorajar tal comportamento. Eles fornecem designs viciantes, pequenas recompensas e até microdosagens de dopamina para aumentar cada vez mais o seu envolvimento. Assim, com seu foco “pulando” de vídeo em vídeo em questão de segundos, fica difícil parar de rolar a tela.
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Cérebro de pipoca: o que a gente pode fazer a respeito?
Para evitar que o seu cérebro se “acostume” com as distrações e gratificações imediatas, o melhor é calcular quanto tempo você passa nas redes sociais por dia – e tentar limitar esse período.
Trocar o celular por práticas como leitura, meditação ou outro hobby pode ajudar bastante. Além disso, defina um horário no qual você não vai acessar nenhum tipo de tecnologia. Por exemplo: depois do jantar você desliga todos os dispositivos, e liga-os novamente só no dia seguinte.
Na hora de fazer uma tarefa mais complicada no trabalho, por exemplo, tente ficar longe do celular. Se você precisar dele para responder a um e-mail, tudo bem, mas certifique-se de que isso não está desviando demais a sua atenção.
Atualmente, alguns aplicativos já oferecem temporizadores que cronometram o seu tempo longe das telas. Excluir as redes sociais não é uma alternativa para a maioria das pessoas, então, minimizar os danos que elas podem causar é uma preocupação que todos deveríamos ter.