Ceratoacantoma: o que é o tumor retirado do cantor Bruno Gouveia
Bruno Gouveia, vocalista do Biquíni Cavadão, passou por uma cirurgia para retirar um tumor maligno na pálpebra, chamado ceratoacantoma ou queratocantoma. No início, Gouveia acreditava que o nódulo fosse uma verruga, pois tumores desse tipo se assemelham a uma. “… Era maligno, mas extirpável. A rapidez com que corremos para tratar o caso foi superimportante. Previnam-se: mama, próstata, atenção aos sinais!”, alertou o cantor em um tweet logo após o procedimento, feito no final de maio. Contudo, o artista voltou a falar sobre o assunto. “Me senti na responsabilidade de usar o meu caso como exemplo, para que mais pessoas tenham essa consciência. Isso aconteceu dessa forma tranquila porque o problema estava bem na minha frente, na minha cara”, afirmou em suas redes sociais.
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O que é o ceratoacantoma?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o ceratoacantoma se manifesta em cerca de 150 mil pessoas no Brasil por ano. Trata-se de um câncer de pele que se desenvolve em áreas mais expostas ao sol associado ao sistema imunológico enfraquecido. As áreas mais comuns ao ceratoacantoma são pescoço, colo, cabeça, costas, mãos e ombros.
Não raro, surge em regiões menores, como o caso de Bruno Gouveia, que afetou a pálpebra esquerda. A aparência do tumor é semelhante a uma espinha e alguns casos podem ultrapassar os 3 cm de diâmetro, dependendo da região. Costuma ter a cor da pele, com o entorno avermelhado. Já o aspecto é firme ao toque, e seu centro possui várias camadas de pele.
Sintomas
A princípio, o ceratoacantoma não tem sinais específicos. Contudo, o nódulo cresce rapidamente e pode ficar dolorido nesse processo. No mais, não há outros desconfortos que impedem a pessoa de seguir uma rotina. No entanto, isso não significa que o problema deve ser ignorado. Pelo contrário: o ceratoacantoma pode ser maligno e se espalhar para outras partes do corpo, o que torna o tratamento mais complexo.
Diagnóstico do ceratoacantoma
Pode ser feito por um médico dermatologista ou, a depender da região, outra especialidade. Na situação de Gouveia, o diagnóstico foi feito por um oftalmologista. Para identificar a enfermidade, o exame mais adequado é de biópsia, em que é extraído uma pequena amostra de tecido para análise. Mas a análise clínica é igualmente importante para fechar o quadro.
Tratamento
Varia de acordo com o local e tamanho do tumor. A intervenção cirúrgica para remover o nódulo é a mais indicada, pois é minimamente invasiva e não deixa cicatrizes. Por outro lado, o médico pode aplicar injeções locais com corticoides e outros agentes que reduzem o tamanho do ceratoacantoma e combatem as células malignas. Outro método é criocirurgia, em que se injeta nitrogênio no nódulo para a extração. No entanto, se houver risco de metástase — ou seja, quando as células malignas se proliferam em outras áreas — o tratamento pode envolver quimioterapia, radioterapia e uso de outros medicamentos para frear e eliminar os agentes cancerígenos. Por essa razão, é fundamental buscar assistência médica imediata para evitar métodos invasivos e complicações da doença.
Prevenção do ceratoacantoma
A maneira mais eficaz de evitar um câncer desse e de outros tipos é não negligenciar as visitas periódicas ao médico, de preferência uma equipe multidisciplinar. Mas caso não seja possível, priorize as consultas semestrais com um clínico geral e oftalmologista para avaliar a saúde como um todo. Por fim, é essencial ter uma vida saudável, permeada de bons hábitos alimentares, exercício, descanso e cuidados com a pele, sobretudo para se proteger contra cânceres de pele.
Referências: Sociedade Brasileira de Dermatologia; e Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.