Cateterismo cardíaco: o que é, como é feito e possíveis riscos

Saúde
24 de Novembro, 2021
Cateterismo cardíaco: o que é, como é feito e possíveis riscos

O cateterismo cardíaco é um exame da cardiologia no qual é possível diagnosticar obstruções nos vasos sanguíneos, bem como outros problemas estruturais do coração. Com o procedimento, também é possível aferir pressões do órgão e diagnosticar possíveis doenças que acometem esse órgão.

Por intermédio das imagens geradas nesse exame, o cardiologista pode avaliar a gravidade das obstruções, os vasos e a estrutura geral do coração. Dessa forma, ele irá indicar o melhor tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico, como a angioplastia.

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Como o cateterismo cardíaco é feito?

O cateterismo cardíaco é um exame invasivo e, em geral, é feito com o paciente sedado. Para sua realização, introduz-se um cateter nas artérias do braço ou da perna, que é conduzido até o coração com a ajuda de contraste e de recursos de Raio-X. 

Alguns cuidados são importantes antes da realização do exame. Primeiramente, o paciente deve estar com os exames de sangue em dia, além de estar em jejum e ciente da necessidade da realização do procedimento. Em casos de pacientes com alergia ao contraste, é feito um preparo anterior ao exame para evitar o problema.

Quem deve fazer?

O procedimento é indicado para pacientes com fatores de risco para doença coronariana ou com sintomas de outras enfermidades cardíacas, como a hipertensão arterial. Atualmente, o cateterismo cardíaco é realizado de forma rotineira na investigação de cardiopatias, contudo, sua indicação deve ficar a critério do cardiologista clínico.

O procedimento também é indicado em situações emergenciais, como, por exemplo, na fase aguda do infarto do miocárdio, condição em que uma artéria coronária está totalmente obstruída. Nesses casos, o exame identifica o local da oclusão e é realizada a angioplastia para restabelecer o fluxo sanguíneo.

Possíveis riscos do cateterismo

Por se tratar de um procedimento invasivo, os riscos sempre vão existir. Há, por exemplo, o risco de complicações mais graves, como derrame, infarto e sangramento no local da punção. Porém, o risco é menor que 1%.

Além disso, os riscos dependem da gravidade do paciente e do seu tipo de doença, assim como a idade e outras doenças associadas. Há, também, riscos durante o procedimento, como sangramento, perfuração ou reações alérgicas quando se utiliza o contraste.

Cuidados pós-exame

Geralmente, após a realização do cateterismo, a recuperação é rápida e tranquila. O paciente, não havendo diagnóstico que necessite outra intervenção, recebe alta em 6 ou 12 horas.

Por fim, os cuidados pós-procedimento dependem do tipo de cateterismo, da indicação e das doenças associadas. A alimentação, por exemplo, só pode ser restabelecida de 2 a 3 horas após o preocedimento. Além disso, é indispensável manter uma boa hidratação e observar o surgimento de alergias. Em alguns casos, pode haver sangramento, que deverá ser tratado com curativo local.

Cateterismo cardíaco X angioplastia

A diferença entre caterismo cardíaco e angioplastica é, basicamente, a intenção terapêutica. O cateterismo é responsável pelo diagnóstico, analisando possíveis obstruções ou lesões. A angioplastia, por sua vez, tem como objetivo tratar o problema.

Dessa forma, o cateterismo deve ser realizado quando existe a dúvida ou suspeita em relação a alguma anormalidade cardíaca, como um infarto. A angioplastia, por sua vez, é indicada após a constatação do problema pelo cateterismo e é utilizada para o tratamento dessa anormalidade, como a colocação de um stent, por exemplo.

Fonte: Dr. Ausonius Sawczuk, médico cardiologista e intervencionista do Hospital Albert Sabin (Grupo HAS).

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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