Casos de miopia em crianças e adolescentes crescem na capital paulista

Saúde
14 de Dezembro, 2022
Casos de miopia em crianças e adolescentes crescem na capital paulista

O uso excessivo de aparelhos eletrônicos, como celulares, vem provocando aumento de casos de miopia entre crianças e adolescentes que vivem em São Paulo. O alerta foi dado nesta terça-feira (13/12) pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Casos de miopia em crianças e adolescentes

Com base em dados da Coordenação de Epidemiologia e Informação, a secretaria informou que, nos últimos dois anos, os casos de miopia entre crianças e adolescentes de até 19 anos aumentaram 134%. Em 2019, foram registrados 866 casos da doença nessa faixa etária. Com o confinamento mais extremo em 2020 e a dificuldade das pessoas em sair de casa para ir ao oftalmologista, o número caiu para 584 diagnósticos. No entanto, em 2021, os casos saltaram para 1.720. Já em 2022, só até o mês de setembro, o número subiu consideravelmente para 2.026 casos.

“Com o isolamento social, as crianças ficaram dentro de casa e as atividades se limitaram às telas, como computadores, smartphones e televisores, restringindo o campo visual”, disse, em nota, Luciana Emi Sasaki Assae, oftalmologista da Coordenadoria de Regulação da pasta.

Atualmente, a miopia é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sendo assim, a sua causa está diretamente ligada ao confinamento provocado recentemente pela pandemia de covid-19.

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Dicas para os pais

A miopia decorre de uma alteração no globo ocular, que dificulta a visão de longe. Dessa forma, fatores genéticos e hereditários poderem predispor a essa condição. No entanto, a exposição contínua a aparelhos eletrônicos aumenta a chance de uma criança se tornar míope, afirmou a médica.

“Por isso, algumas pesquisas recomendam a prática de recreação ao ar livre, por pelo menos duas horas, em ambientes sem limite visual e em contato com a luz solar”, acrescentou. Além disso, os pais também devem evitar que crianças menores de 2 anos façam uso de aparelhos eletrônicos.

Portanto, a dica da especialista é que os pais ou responsáveis fiquem atentos a alguns sinais. Por exemplo, quando os filhos cerram os olhos para enxergar melhor, queixam-se de dores de cabeça, coçam os olhos frequentemente ou apresentam desinteresse nas atividades escolares, isso pode indicar problemas na visão. Sendo assim, quando notar algum desses fatores, o ideal é levar a criança a um oftalmologista, que poderá confirmar o diagnóstico. Assim, consultar um especialista ao menos uma vez por ano é essencial.

Por fim, o atendimento com o oftalmologista poderá ser feito gratuitamente na capital paulista por meio de uma unidade básica de saúde (UBS).

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Fonte: Agência Brasil.

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