Carcinoma espinocelular: o que é, sintomas, tratamentos e cuidados
O carcinoma espinocelular, também conhecido como carcinoma escamoso ou CEC, é o segundo tipo de câncer de pele mais comum, ficando atrás apenas do carcinoma basocelular. Ele se manifesta nas células escamosas da epiderme (camada mais superficial da pele. A seguir, Silvana Coghi, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, explica mais sobre este tipo de tumor.
Sintomas do carcinoma espinocelular
Este tipo de câncer em geral se parece com uma ferida que não cicatriza, uma verruga ou uma lesão avermelhada e com descamação. Também pode sangrar.
Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas áreas expostas ao sol, como face, orelhas, couro cabeludo e pescoço. Nestas regiões, a pele também apresenta danos causados pelos raios solares, como perda da elasticidade, enrugamento e alterações da pigmentação.
Leia também: Receitas caseiras para pele: descubra se são prejudiciais
Causas do carcinoma espinocelular
A principal causa são os raios UVA e UVB emitidos pelo sol, que podem danificar o DNA das células e causar mais de um tipo de câncer. A radiação UVA, em especial, é a mais perigosa, pois penetra profundamente na pele. Sua intensidade não varia muito ao longo do dia e ela é intensa não apenas em dias de sol, mas também com o céu nublado. Por isso, é fundamental utilizar protetor solar diariamente. Já a radiação UVB é mais intensa durante o verão.
Mas, o carcinoma espinocelular pode ter outras causas além da exposição aos raios solares: doenças associadas a feridas crônicas e cicatrizes na pele, (principalmente nos membros inferiores), uso de medicamentos para evitar a rejeição a órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação.
Além disso, pessoas de peles claras (fototipos I e II) e nos primeiros 10 a 20 anos de vida são as que mais correm risco de desenvolver o carcinoma espinocelular. Ele também é duas vezes mais comum em pessoas do sexo masculino do que feminino.
Leia também: Caroços na pele: o que são, sintomas, tratamentos e causas
Tratamento e cuidados
Na maioria dos casos, o tratamento requer cirurgia para remover o tumor. Mas também podem ser usadas outras terapias como crioterapia, laser, curetagem e eletrocoagulação, terapia fotodinâmica, entre outras. Cada caso deve ser avaliado pelo especialista, que vai saber indicar qual o melhor tratamento.
Por fim, é bom lembrar que o câncer de pele tem baixa letalidade e grande chance de cura se diagnosticado e tratado precocemente. E também dá para prevenir com medidas simples: além de usar protetor solar com FPS de pelo menos 30, todos os dias, inclusive nos nublados, também é importante evitar a exposição solar entre as 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa, e usar bonés, chapéu, óculos e roupas que cubram a maior parte da pele.
Leia também: Como saber se uma pinta pode ser câncer de pele