Carcinoma basocelular: o que é, sintomas, tratamentos e cuidados
Você sabe qual é o tipo de câncer de pele mais comum? É o carcinoma basocelular. Ele tem alta incidência principalmente no Brasil e em outros países que recebem muita radiação solar.
Ele recebe a denominação “basocelular” porque atinge as células basais da epiderme, que é a camada mais superficial da pele. A seguir, a dermatologista Ilana Cruz Silva, professora de Medicina do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, explica tudo sobre o carcinoma basocelular.
Quais são os sintomas do carcinoma basocelular?
Esse tipo de câncer se apresenta na pele como uma bolinha, geralmente no rosto e em outras áreas do corpo que ficam expostas ao sol, como braço e pescoço. Essa bolinha tem características bem definidas: um brilho perláceo (que lembra uma pérola) e vasinhos sanguíneos, o que pode facilitar a identificação pelo dermatologista. Ela é de crescimento lento e às vezes pode sangrar com uma simples batida ou se a pessoa coça o local.
Quais são os fatores de risco?
O perfil mais comum de quem tem o carcinoma basocelular é uma pessoa de pele, olhos e cabelos claros, que fica vermelha quando toma sol ao invés de ficar bronzeada. Outro fator de risco é a exposição solar, assim como o bronzeamento artificial, que pode aumentar em até 30% as chances de ter esse tipo de câncer. Algumas doenças congênitas também representam risco, porque aumentam a predisposição de desenvolver o carcinoma basocelular.
Por fim, também são fatores de risco cânceres de pele anteriores, inclusive de outros tipos, e casos de câncer de pele na família. A doença, em geral, surge a partir dos 40 anos, mas não são incomuns casos aos 30 ou 35 anos.
Diagnóstico de carcinoma basocelular
A partir dos 20 anos, qualquer lesão nova na pele merece ser investigada. O dermatologista usa um aparelho chamado dermatoscópio, que funciona como uma lupa, aumentando a lesão para enxergar suas características.
Em seguida, segundo a avaliação do especialista, é feita, se necessária, a retirada da lesão para a biópsia e confirmação do diagnóstico – se a lesão for grande, retira-se um pedaço, e se for pequena, retira-se inteira.
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Tratamento e prevenção
Na maioria dos casos, o tratamento é a cirurgia com margem, ou seja, a lesão é retirada com uma margem ao redor, que vai depender de onde está a lesão e do tipo do carcinoma basocelular. Em alguns casos, pode ser necessário complementar o tratamento com outras medidas, como quimioterapia local ou radioterapia.
Mesmo depois de retirado o tumor, é importante manter uma rotina de retornos ao dermatologista, por causa do fator de risco aumentado. Para quem nunca teve, o ideal é ir pelo menos uma vez por ano ao médico para fazer um check-up. E, claro, usar protetor solar todos os dias, não só no rosto mas em áreas expostas como braços, colo, mãos e pernas. Além disso, é preciso reaplicar o produto conforme instruções do fabricante (geralmente a cada 2 horas).
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