Candidíase oral: o que é, sintomas, causas e tratamento
Talvez o nome candidíase oral não seja familiar para você, mas provavelmente já ouviu falar no famoso “sapinho”. Pois este é o nome popular desta doença causada por fungos do gênero Candida spp.
A seguir, saiba quais seus sintomas, causas e os tratamentos indicados.
O que é e o que causa a candidíase oral
Trata-se de uma infecção causada pelo excesso do fungo Candida albicans na boca. Este fungo é encontrado naturalmente na pele e nas mucosas. Contudo, quando existem alterações no sistema de defesa do corpo ou a presença de fatores que favoreçam o crescimento do fungo, é possível que ele se desenvolva mais que o normal, levando ao aparecimento da candidíase.
É por isso que ela acomete principalmente bebês com menos de um ano: o sistema imune deles ainda é imaturo para combater a infecção causada por este microrganismo. Além disso, o uso de antibióticos e falta de higiene oral adequada também podem contribuir para o aparecimento da doença nos pequenos.
Embora seja comum nos bebês, adultos também podem ter candidíase oral. É o caso de imunossuprimidos por conta de doenças que afetam o sistema imunológico, como a causada pelo HIV e o câncer, ou como consequência ao uso de imunossupressores, corticóides, antibióticos e quimioterápicos.
Principais sintomas
A candidíase oral caracteriza-se pelo aparecimento de placas cremosas e esbranquiçadas na língua, nos lábios, no céu da boca, na parte interna das bochechas e, às vezes, até nas gengivas ou amígdalas. Podem também surgir lesões avermelhadas semelhantes a aftas, com dor ou ardência nas regiões afetadas.
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Tratamento e prevenção
Em crianças, o tratamento é com antifúngico de uso local, como a nistatina, diariamente durante 10 dias.
Já os adultos devem ser tratados com antifúngico de uso oral em cápsulas, como o fluconazol, também por 10 dias. Depois, deve-se fazer manutenção com nistatina via oral após escovar os dentes.
Para prevenir o desenvolvimento de candidíase oral em bebês, recomenda-se, logo após cada mamada, dar ao bebê um pouco de água filtrada e fervida, tomando o cuidado para que esteja em temperatura ambiente. Isso vai eliminar os resíduos do leite e diminuir as chances de infecção.
Além disso, a esterilização frequente de mamadeiras e chupetas, bem como a limpeza da boca do bebê também ajudam a preveni-la.
Mães que amamentam devem, ainda, deixar os mamilos tomarem um pouco de ar entre as mamadas para evitar a proliferação do fungo, já que ele se desenvolve com mais frequência em locais úmidos.
Por fim, saiba que a candidíase oral não tem cura definitiva pois ela é causada por um fungo comum na boca. Portanto, ele pode invadir as mucosas e causar sintomas se houver as condições para seu desenvolvimento.
Fonte: Robert Fabian, professor de Infectologia do Centro Universitário São Camilo.