Câncer e consumo de álcool: entenda a perigosa relação entre ambos

Saúde
19 de Outubro, 2022
Câncer e consumo de álcool: entenda a perigosa relação entre ambos

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é a segunda causa de morte no Brasil. São 232 mil vítimas fatais da doença por ano, além de 450 mil novo casos. Além disso, existe uma relação perigosa entre câncer e consumo de álcool que a maioria desconhece: o hábito, aparentemente inofensivo, é fator de risco para oito tipos da enfermidade.

Outro dado recente do INCA que serve de alerta: de 2013 a 2019, a ingestão de bebida alcoólica dobrou entre os homes e quadruplicou entre as mulheres. Ou seja, estamos cada vez mais expostos aos riscos de câncer — situação que pode ser evitável. Saiba mais.

Veja também: Emagrecer depois dos 50 anos pode diminuir risco de câncer de mama

Qual a relação entre câncer e consumo de álcool?

Não é de hoje que a associação entre ambos é alvo de inúmeros estudos. Um deles, também recente, foi publicado na The Lancet Oncology, revela que mais de 4% dos novos diagnósticos de câncer foram atribuídos ao álcool.

Você deve estar se perguntando como a bebida afeta o organismo e provoca a desordem celular típica do câncer. Em resumo, a bebida alcoólica, seja ela qual for, possui diversas substâncias nocivas. Basicamente, ao entrar na corrente sanguínea, o álcool se transforma em acetaldeído, um subproduto que afeta a composição das nossas células.

O aceltaldeído não se decompõe facilmente, então o organismo acumula o agente químico, prejudicando a homeostase (equilíbrio das funções). Mesmo em quantidades moderadas, a substância pode provocar danos consideráveis, principalmente se a pessoa fumar.

Sem falar que o álcool causa alterações profundas no metabolismo. Para comprovar o efeito na prática, basta exagerar na bebedeira para ter ressaca no dia seguinte, cujos sintomas são desidratação, vômitos, náusea, dores de cabeça e indisposição. Portanto não há nenhum benefício em sentir esses desconfortos, que são um sinal claro de rejeição do corpo à substância.

O efeito imediato durante a ingestão é o entorpecimento: em grandes quantidades, o álcool pode causar um apagão das lembranças, sobretudo se a bebida for destilada. No entanto, ainda pode destruir as células nervosas a longo prazo, o que compromete a memória, a capacidade de concentração, entre outros problemas cognitivos.

Tipos associados ao álcool

  • Boca, faringe e laringe.
  • Esôfago.
  • Mama.
  • Estômago.
  • Fígado.
  • Intestino.

Como prevenir o câncer?

Ciente dos prejuízos do álcool, é importante reduzir o consumo se o hábito for frequente. O estilo de vida possui um grande peso: se você tem uma rotina permeada de estresse, alimentação inadequada e repleta de alimentos industrializados, falta de exercício físico e de controle de doenças existentes, certamente está mais vulnerável a uma doença como o câncer. Embora existam outros fatores de risco inevitáveis — a predisposição genética, por exemplo –, assumir o controle do que é possível pode fazer a diferença em um diagnóstico positivo ou negativo.

Por fim, além da adoção de hábitos mais saudáveis, é fundamental realizar exames periódicos, que ajudam a monitorar a saúde e detectar enfermidades logo no início. No caso de um câncer, o reconhecimento precoce eleva o sucesso do tratamento.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

Leia também:

chás para desintoxicar o fígado
Alimentação Bem-estar Saúde

Como desintoxicar o fígado? Veja 5 melhores opções de chá

Confira as opções de bebidas quentes que trazem benefícios para a saúde hepática

homem sentado na cama, ao lado da cabeceira, com as mãos na cabeça, tendo dificuldade para dormir
Bem-estar Saúde Sono

Problemas para dormir? Estudo relaciona a qualidade do sono com condições crônicas

A irregularidade do sono está diretamente relacionada ao risco aumentado de doenças crônicas, como obesidade.

bruxismo
Saúde

Bruxismo: será que você tem? Veja principais tratamentos

Bruxismo, o ato involuntário de ranger os dentes, pode afetar até quem não imagina conviver com ele. Veja como descobrir se é o seu caso