Câncer e consumo de álcool: entenda a perigosa relação entre ambos
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é a segunda causa de morte no Brasil. São 232 mil vítimas fatais da doença por ano, além de 450 mil novo casos. Além disso, existe uma relação perigosa entre câncer e consumo de álcool que a maioria desconhece: o hábito, aparentemente inofensivo, é fator de risco para oito tipos da enfermidade.
Outro dado recente do INCA que serve de alerta: de 2013 a 2019, a ingestão de bebida alcoólica dobrou entre os homes e quadruplicou entre as mulheres. Ou seja, estamos cada vez mais expostos aos riscos de câncer — situação que pode ser evitável. Saiba mais.
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Qual a relação entre câncer e consumo de álcool?
Não é de hoje que a associação entre ambos é alvo de inúmeros estudos. Um deles, também recente, foi publicado na The Lancet Oncology, revela que mais de 4% dos novos diagnósticos de câncer foram atribuídos ao álcool.
Você deve estar se perguntando como a bebida afeta o organismo e provoca a desordem celular típica do câncer. Em resumo, a bebida alcoólica, seja ela qual for, possui diversas substâncias nocivas. Basicamente, ao entrar na corrente sanguínea, o álcool se transforma em acetaldeído, um subproduto que afeta a composição das nossas células.
O aceltaldeído não se decompõe facilmente, então o organismo acumula o agente químico, prejudicando a homeostase (equilíbrio das funções). Mesmo em quantidades moderadas, a substância pode provocar danos consideráveis, principalmente se a pessoa fumar.
Sem falar que o álcool causa alterações profundas no metabolismo. Para comprovar o efeito na prática, basta exagerar na bebedeira para ter ressaca no dia seguinte, cujos sintomas são desidratação, vômitos, náusea, dores de cabeça e indisposição. Portanto não há nenhum benefício em sentir esses desconfortos, que são um sinal claro de rejeição do corpo à substância.
O efeito imediato durante a ingestão é o entorpecimento: em grandes quantidades, o álcool pode causar um apagão das lembranças, sobretudo se a bebida for destilada. No entanto, ainda pode destruir as células nervosas a longo prazo, o que compromete a memória, a capacidade de concentração, entre outros problemas cognitivos.
Tipos associados ao álcool
- Boca, faringe e laringe.
- Esôfago.
- Mama.
- Estômago.
- Fígado.
- Intestino.
Como prevenir o câncer?
Ciente dos prejuízos do álcool, é importante reduzir o consumo se o hábito for frequente. O estilo de vida possui um grande peso: se você tem uma rotina permeada de estresse, alimentação inadequada e repleta de alimentos industrializados, falta de exercício físico e de controle de doenças existentes, certamente está mais vulnerável a uma doença como o câncer. Embora existam outros fatores de risco inevitáveis — a predisposição genética, por exemplo –, assumir o controle do que é possível pode fazer a diferença em um diagnóstico positivo ou negativo.
Por fim, além da adoção de hábitos mais saudáveis, é fundamental realizar exames periódicos, que ajudam a monitorar a saúde e detectar enfermidades logo no início. No caso de um câncer, o reconhecimento precoce eleva o sucesso do tratamento.