Câncer de pâncreas é o mais difícil de curar: Saiba como evitar o tumor
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve registrar cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano, durante o período entre 2023 e 2025. A doença apresenta cerca de 100 tipos, que correspondem aos vários tipos de células presentes no corpo humano. Contudo, um desses tumores malignos tem se destacado pela dificuldade no tratamento e altas taxas de mortalidade, é o câncer de pâncreas. Continue lendo e entenda.
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Câncer de pâncreas é o mais difícil de curar
Segundo um estudo publicado pela Revista Brasileira de Cancerologia, a taxa de letalidade do câncer de pâncreas se aproxima de 100%, com cerca de 250 mil mortes por ano em todo mundo. Isso acontece principalmente porque o tumor é silencioso e, na maioria dos casos, já é descoberto na fase de metástase, momento em que as células tumorais já se espalharam para outros órgãos e podem ter comprometido a vitalidade do organismo como um todo.
A dificuldade em obter o diagnóstico precoce se deve, em grande parte, a um motivo em específico. Até o momento, não existe um exame de rastreamento efetivo do câncer na região do pâncreas. O problema é que esse órgão está em um local sensível, próximo da veia aorta e de outros vasos sanguíneos importantes, o que por vezes inviabiliza dificulta a obtenção do diagnóstico e até mesmo de cirurgias para retirada do câncer.
Tumor silencioso
Em geral, o câncer de pâncreas só começa a mostrar sintomas quando já está na fase mais avançada. Apesar disso, os indicativos são genéricos e podem ser relacionados a diversas outras condições de saúde que não possuem gravidade, são eles:
- Perda de apetite e peso
- Fraqueza
- Diarreia
- Tontura
- Dor nas costas
- Icterícia (amarelamento de mucosas)
- Aumento da glicose, por conta da perda de função da produção de insulina
Além disso, esse câncer é mais comum após os 50 anos de idade, e é quase duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. As causas ainda não são bem definidas, mas sabe-se que o cigarro surge como principal fator de risco. Quem é fumante tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas. Além disso, pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou que possuem diabetes, bem como histórico familiar de câncer também têm mais chances de ter a doença.
Outros fatores de risco incluem: pessoas que retiraram a vesícula biliar ou foram submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno.
Estilo de vida importa
Segundo o Ministério da Saúde, a melhor forma de se prevenir do câncer de pâncreas é assumir um estilo de vida saudável. Em especial, o hábito de fumar é responsável por cerca de 40% de todos os tumores pancreáticos, portanto, abandonar o cigarro é um fator determinante para afastar a doença.
Além disso, outros estudos comprovam que alimentação balanceada evita diversos tipos de doenças. Desse modo, ter uma dieta rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas é fundamental. Além disso, deve-se evitar o consumo de ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou para aquecer, bebidas adoçadas, entre outros.
Por fim, exames de rotina são fundamentais para checar a saúde como um todo e identificar possíveis tumores em estágios iniciais. Condição que aumenta as chances de cura para 40%.
Referência: Instituto Vencer o Câncer, INCA e HCor – Hospital do Coração.