Botox falsificado: Anvisa suspende venda de produtos e emite alerta

Beleza Bem-estar Saúde
06 de Fevereiro, 2023
Botox falsificado: Anvisa suspende venda de produtos e emite alerta

Recentemente, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), emitiu um alerta a respeito de botox falsificado de duas marcas de toxina botulínica: Botox® 100U e o Dysport® 300U. Especialistas em saúde apontam que o uso do produto adulterado pode causar complicações como inchaços, alergias e até infecções, que podem apresentar quadros de progressão. Com isso, a venda dos mesmos está proibida por oferecer riscos à saúde. Continue lendo e entenda. 

Veja também: Botox mal feito pode ser revertido? Especialista explica

Botox falsificado

A toxina botulínica ganhou espaço no segmento de beleza por suavizar as linhas de expressão e diminuir e prevenir rugas, evitando o envelhecimento natural da pele. Além disso, o produto também é utilizado para fins de tratamento neurológico. No entanto, o uso de produtos falsificados pode gerar efeitos contrários e prejudiciais à saúde.  

A Allergan Produtos Farmacêuticas, responsável pelo Botox, reportou à ANVISA que a falsificação foi identificada em dois produtos, especialmente no lote C7654C3F. Já a farmacêutica responsável pela toxina Dysport, a Beaufour Ipsen, comunicou à ANVISA que não reconhece o lote, por isso, todos os produtos com o lote L25049 são falsificados e estão proibidos para uso e comercialização.

Por fim, a Anvisa recomenda que a farmacêutica responsável pelo produto seja contatada em caso de problemas.

Saiba como diferenciar o produto original

Em primeiro lugar, já no rótulo do produto, é possível identificar alterações que representam alertas. Assim, o Botox original contém o selo “venda sob prescrição médica”, já o falsificado não apresenta a identificação. 

Além disso, ao analisar a embalagem do produto falsificado, notou-se a ausência do número de série e do lote da toxina botulínica. Na bula do medicamento, o produto falso apresenta um asterisco no termo toxina botulínica A, sendo que esse item não existe no produto original. Assim, outras dicas para identificar o produto falsificado exigem ainda a comparação das toxinas, são elas: 

  • Diferenças na cor do rótulo e o tipo da letra em relação ao produto falso e original;
  • Alterações na parte interna do produto;
  • Material utilizado para fazer a bula.

Principais cuidados ao fazer um botox

Ao optar por uma intervenção estética ou pelo tratamento via toxina botulínica, é importante se atentar a alguns fatores, afirma a Dra. Cláudia Merlo, especialista em cosmetologia. Dessa forma, o injetor do botox deve ser um médico e ter amplo treinamento e experiência na execução dessas injeções.

Portanto, fique longe de ‘festas de Botox’, nas quais alguém que geralmente não é qualificado promove uma reunião social para injetar toxina botulínica em um grupo de pessoas. Isso porque apesar de não ser um procedimento cirúrgico, um profissional capacitado deve aplicar o botox em ambiente estéril.

Também é prudente agendar uma consulta antes de fazer o procedimento com um profissional que você nunca conheceu antes. “Isso não só lhe dá a chance de discutir seus objetivos e os detalhes do seu tratamento, mas também lhe dá a oportunidade de avaliar a instalação e observar quaisquer sinais de alerta com antecedência. Portanto, algumas “bandeiras vermelhas” ao buscar um injetor de botox incluem:

a) o injetor estar disposto a fazer uma “chamada em casa”;

b) o injetor não ser médico – outros profissionais começaram a oferecer injeções de toxina botulínica;

c) o preço parecer bom demais para ser verdade.

Por fim, a Dra Cláudia Merlo explica que alguns fornecedores podem anunciar um negócio incrível, mas sem qualidade na aplicação. “Esses ‘acordos’ podem levar à insatisfação, na melhor das hipóteses, e podem deixá-lo com sérias complicações na pior das hipóteses”. Assim, produtos de má qualidade, falsificados, vencidos ou com maior diluição da substância podem estar embutidos nesses descontos.

Fonte: Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.

Referências: ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Ministério da Saúde. 

 

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