Benefícios dos jogos para os idosos

Bem-estar Equilíbrio
03 de Novembro, 2022
Benefícios dos jogos para os idosos

Se engana quem acredita que os jogos online ou de tabuleiro são brincadeiras de crianças. Isso porque, atualmente, as brincadeiras tem um papel fundamental no funcionamento da mente humana, pela interação interpessoal e o incentivo ao pensamento criativo. Principalmente jogar em grupo, que trabalha habilidades como empatia, comunicação e agilidade de raciocínio.

De acordo com a neurocientista do SUPERA Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci, não existem limites para outras faixas etárias usufruírem destes benefícios, principalmente os idosos.

Benefícios dos jogos para idosos  

Os jogos são muito benéficos para pessoas da terceira idade. “Sempre tem o time dos apaixonados pelos jogos de cartas, outros curtem o xadrez e a dama, ainda tem aqueles que já se arriscaram nos jogos computadorizados ou os aplicativos de smartphones. Mas todos são válidos, cada um com suas características”, detalha.

A especialista explica que alguns estudos apontam o desenvolvimento de jogos mais específicos para estimulação cognitiva, para manter ou melhorar a memória e o raciocínio lógico. Assim, vários desses estudos mostram aprimoramento de funções cognitivas. 

“Os resultados de vários experimentos citados no artigo ‘Jogos Eletrônicos e a Cognição em Idosos – Uma Revisão Sistemática’ demonstraram inclusive benefícios significativos, após o treinamento, no controle executivo, entendido pelos autores como a capacidade de mudar o foco de uma tarefa para outra, memória de trabalho, memória visual de curto prazo e velocidade de processamento de informação”, detalha.

Habilidades fundamentais para idosos

A inteligência e os conhecimentos adquiridos ao longo da vida não se perdem durante o envelhecimento saudável. Por outro lado, a flexibilidade cognitiva e o interesse pelo novo podem diminuir.

Dessa forma, os jogos são excelentes ferramentas para trabalhar as habilidades de flexibilidade, adaptabilidade e curiosidade. Pois eles criam cenários novos e lúdicos, onde o cérebro tem liberdade de se arriscar em novos pensamentos.

“Os jogos têm a ver com um conceito abordado por BATESON & MARTIN (2013) chamado Playfulness – que é um estado mental positivo, leve e curioso que permeia as experiências, o cotidiano e a visão de vida de uma pessoa. Seria a capacidade de brincar mesmo fora de contextos de brincadeira, e esse estado mental é o que favorece o pensamento criativo. Além de diminuir a ansiedade e o estresse, pois aumenta a percepção de prazer nas diferentes atividades do cotidiano”, explica.

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Como exercitar o cérebro do idoso?

Quando pensamos em estimular o cérebro de forma saudável e criar reserva cognitiva, precisamos lembrar que a chave para o bom desenvolvimento do cérebro é a novidade, variedade e grau de desafio crescente.

Portanto, um dos elementos chave na estimulação cognitiva é a variedade, sendo importante que as atividades na rotina envolvam muitos tipos de habilidades diferentes. “Se o idoso gosta de fazer palavras cruzadas, ele também pode incluir um sudoku que é mais focado em raciocínio lógico,  jogo de tabuleiro para reforçar a comunicação e agilidade de pensamento, e atividade física, que também é essencial para a saúde do cérebro”, detalhou Livia.

Melhorando a cognição dos idosos por meio de jogos

São inúmeros os jogos e exercícios que oferecem ao cérebro a possibilidade de criar reserva cognitiva. Confira alguns que são indicados para idosos:     

  • Todo jogo de memória é excelente para os idosos e existem versões físicas e digitais para todos os gostos;
  • Jogos de quebra-cabeça são ótimos para aqueles que curtem imagens e arte, e ainda podem ser itens decorativos;
  • Jogos de estratégia em grupos, como Rummikub e Dixit são excelentes opções;
  • O jogo Córtex traz uma variedade de estímulos sensoriais, com cerca de 80 desafios dinâmicos envolvendo labirintos, bolas de basquete e muito raciocínio;
  • Os quebra-cabeças de encaixar, paciência, e o sudoku onlines são opções que vão ajudar o idoso a criar reserva cognitiva e tirar o cérebro da zona de conforto.

Fonte: Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA Ginástica para o cérebro.

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