Benefícios do movimento para pessoas idosas
Engana-se quem ainda acredita que exercício físico não deve fazer parte da vida após os 60 anos de idade. Com o aumento cada vez maior dessa população – cerca de 14% dos brasileiros são idosos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – é importante conscientizar as pessoas sobre o papel de uma rotina ativa na busca por mais qualidade de vida, autonomia e saúde. Mas você conhece os benefícios do movimento para pessoas idosas?
Primeiramente, de acordo com Márcio Fraga, profissional de Educação Física da Bodytech, é esperado que algumas mudanças no corpo aconteçam com o passar dos anos. Para retardar esse processo e garantir a mobilidade e a independência por mais tempo, é preciso abandonar o sedentarismo e buscar atividades físicas seguras.
“Garantir os exercícios aeróbios, nos quais os grandes músculos do corpo se movem de maneira rítmica por períodos sustentados, e incluir exercícios de resistência, que fazem os músculos trabalharem ou se manterem contra uma força ou peso aplicado. Além disso, é importante desenvolver a flexibilidade e fazer treinamento de equilíbrio”, detalha o professor.
Diabetes, hipertensão arterial, demência e depressão são alguns dos problemas que podem ser prevenidos e também tratados com o auxílio da atividade física. Criar uma rotina em uma academia, por exemplo, onde além do movimento físico, há troca, conversa e a construção de laços afetivos, funciona como um divisor de águas para muitas pessoas nessa fase da vida.
Confira abaixo cinco atividades recomendadas por França para quem já chegou ou passou dos 60.
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Benefícios do movimento para pessoas idosas: atividades
1. Dança
Aulas de dança são muito indicadas para o público da terceira idade, principalmente as opções que envolvem coreografias com foco em condicionamento físico: coordenação, sistema cardiovascular, flexibilidade e equilíbrio. Além desses benefícios, a socialização com outros alunos e a necessidade de memorizar as coreografias ajudam no combate à depressão e à perda de memória.
2. Hidroginástica
Nas aulas de hidroginástica, os alunos desenvolvem condições físicas primordiais para a qualidade de vida, como a capacidade aeróbia, a força e a resistência muscular, além da flexibilidade, da coordenação e do equilíbrio. Pela presença em peso de pessoas com mais de 60 anos, a atenção dos professores deve estar sempre focada na segurança é na eficiência dos exercícios. A aula é coletiva, mas os cuidados precisam ser individuais.
3. Natação
A natação garante condicionamento físico, prazer e risco mínimo de lesões e pode ser considerada uma das atividades mais completas de todas. Aprender a nadar nessa fase da vida é possível e acontece com vários alunos, segundo França. “Os momentos que ajudei idosos a superar seus medos e nadar pela primeira vez de fato estão entre os mais especiais da minha carreira”, afirma o professor.
4. Alongamento
Muitas pessoas acham que fazer alongamento se resume àqueles exercícios para antes ou depois do treino, mas não necessariamente deve ser assim. Ter momentos da semana dedicados a se alongar com orientação pode ser muito positivo. As aulas específicas de alongamento e a yoga trabalham a respiração, a consciência corporal e a amplitude de movimento, combatendo o estresse, a ansiedade e fortalecendo a flexibilidade.
5. Musculação
Pode parecer que não, mas a musculação é fundamental também para os idosos. É a força muscular que vai ajudar na manutenção da independência no cotidiano, no combate às dores articulares e no equilíbrio. Por isso, é importante que o profissional de educação física desenvolva um programa individualizado, que leve em consideração o entendimento dos exercícios por parte do aluno, a execução correta e com segurança, além, claro, da constância dos treinos.
Fontes: Márcio Fraga, profissional de Educação Física da Bodytech.