Os bebês podem realmente nascer segurando o DIU? Entenda
Recentemente viralizou no TikTok um vídeo sobre um bebê que nasceu com um DIU na mão. Além desse caso, existem outros que também circularam nas redes sociais – e provavelmente você já viu. Mas as imagens despertam uma grande dúvida entre as pessoas: os pequenos podem realmente nascer com o dispositivo?
O DIU (dispositivo intrauterino) é um método contraceptivo interno, isto é, um pequeno dispositivo em forma de “T” inserido no útero da mulher. Atualmente, existe a opção não hormonal, que é o famoso DIU de cobre, e a hormonal (também conhecida como SIU), que libera baixas taxas de progesterona. E, neste caso, os nomes mais conhecidos do mercado são: DIU Mirena e Kyleena.
Fake news
De acordo com a Dra. Monique Novacek, ginecologista e obstetra da Clínica Mantelli, o bebê não nasce com o DIU na mão. Ou seja, isso não passa de uma fake news. Isso porque, quando a mulher engravida, o bebê é protegido pela membrana amniótica, que fica fora do contato com o dispositivo intrauterino.
No entanto, ela ressalta que isso não quer dizer que a mulher não possa engravidar com o DIU. “Pode acontecer, mas a chance é muito pequena, menor que 2%. Então é um caso raro”, explica a ginecologista.
Veja também: DIU de prata e cobre: entenda as diferenças entre ambos
O que pode cortar o efeito do DIU?
Segundo a Ginecologista Regenerativa Funcional e Estética, Dra. Yara Caldato, na verdade, o que pode ocorrer com o uso do DIU é a rejeição do próprio corpo ou deslocamento do dispositivo. “Mas não há medicações que cortem o efeito”, explica.
Para a Dra. Monique, é comum que a mulher não perceba o deslocamento do DIU. Por isso, é muito importante manter os exames de rotina e avaliar a posição do dispositivo.
Eficácia
Com tantas opções de métodos contraceptivos, muitos acabam optando pelo DIU por sua eficácia. Mas entre vários tipos, qual é o mais eficaz?
A Dra. Monique afirma que, atualmente, o dispositivo com menor taxa de falha são os hormonais. “O DIU de cobre ou o de cobre com prata tem eficácia de até 99,2% a 99,4%. Sendo que o DIU hormonal, seja ele Kyleena ou Mirena, a eficácia aumenta para 99,8%”, declara a médica.
Mas é importante lembrar que diversos fatores são levados em conta na escolha do DIU. “Nunca fazemos a escolha pela eficácia, até porque as taxas de falha são muito próximas. A escolha se dá por características de cada paciente, como por exemplo, fluxo menstrual, presença ou não de cólicas, e também pelo objetivo, que nem sempre é exclusivamente para a contracepção”, finaliza a Dra. Yara.
Fontes
- Dra. Yara Caldato – Ginecologista Regenerativa Funcional e Estética;
- Dra. Monique Novacek – Ginecologista e Obstetra da Clínica Mantelli.