Bater a cabeça: o que fazer com o seu filho após a queda

Gravidez e maternidade Saúde
30 de Março, 2022
Bater a cabeça: o que fazer com o seu filho após a queda

Uma das maiores angústias de quem tem criança em casa são os acidentes domésticos. Bater a cabeça, quedas, choques e queimaduras são algumas das ocorrências mais frequentes. Assim, é comum que tenhamos dúvidas sobre a necessidade de levar os pequenos ao médico quando esses imprevistos acontecem. 

De acordo com o Dr. Rodrigo Rocha, cirurgião do trauma do Hospital Brasília/Dasa, nem todas as quedas requerem avaliação médica de emergência, pois grande parte dos traumas na cabeça são triviais, com baixa energia. Nessas situações, quando surge o famoso “galo”, basta usar uma bolsa de gelo para que o inchaço diminua.

Porém é sempre bom ficar atento, pois vômitos, convulsão, desmaio, sonolência fora do habitual demandam avaliação de equipe médica.

A criança pode dormir após bater a cabeça no chão?

Ao vivenciar um incidente como esse, os pais sempre se preocupam se há problema em deixar o pequeno dormir.

“O ideal é que, durante algumas horas após o trauma, se observe o comportamento da criança. Além disso, não dá para saber se a criança está realmente dormindo ou desmaiada”, explica.

Os perigos do vômito após bater a cabeça

O especialista afirma que mesmo que raramente, náuseas e vômito são sinais de alerta. Pois, geralmente, podem indicar um trauma grave.

Leia também: Engasgo em bebês e crianças: saiba o que fazer

Quando devo me preocupar?

A infância é uma fase repleta de aventuras, descobertas e diversas brincadeiras que podem resultar em acidentes. Quando a criança está brincando de pega-pega, por exemplo, e cai de cabeça no chão, surgem questões como: preciso levá-la para o Pronto Atendimento para um exame? É melhor ligar para o pediatra que já a acompanha?

Dessa forma, quedas e pancadas que envolvem crianças menores de 2 anos exigem mais atenção. Isso porque durante esse período os ossos do crânio ainda são frágeis e o impacto pode causar traumatismo craniano grave. Outros aspectos a serem observados, independentemente da idade, são:

  • Quedas de uma altura superior a um metro;
  • Sonolência;
  • Desmaio;
  • Perda de memória;
  • Dor de cabeça intensa e persistente;
  • Falta de ar;
  • Cianose (extremidades roxas);
  • Cortes.

Se houver algum desses sintomas, não hesite em levar seu filho para avaliação em uma unidade de urgência.

“Após essa avaliação, é interessante entrar em contato com o pediatra da criança para deixá-lo a par da situação”, completa.

Como evitar acidentes domésticos com crianças

Ainda que tenhamos todo o cuidado do mundo, naturalmente, crianças sofrem eventuais arranhões e pequenas quedas. Afinal, essa é uma fase de muita curiosidade, aprendizagem e exploração do ambiente, comportamentos importantes para o desenvolvimento. Dessa forma, o que podemos fazer é adotar medidas que previnem quadros mais sérios. Confira algumas dicas:

  • Instale redes de proteção em janelas e sacadas;
  • Evite encerar o piso e privilegie o uso de tapetes antiderrapantes;
  • Proteja as tomadas;
  • Ao cozinhar, deixe o cabo da panela virado para o fogão;
  • Guarde os medicamentos em um local seguro, longe do alcance das crianças;
  • O mesmo vale para produtos de limpeza e perfume;
  • Instale portões de segurança em escadas e piscinas.
  • Apesar de muito popular entre os pais, o uso do andador não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, visto o grande risco para quedas graves.
  • Atendimento especializado do Centro de Trauma
  • Em caso de quedas, queimaduras ou outro tipo de trauma com maior gravidade, é necessário buscar atendimento médico imediatamente.

Fonte: Dr. Rodrigo Rocha, cirurgião do trauma do Hospital Brasília/Dasa.

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