Aracy Balabanian morre por câncer de pulmão; entenda a doença
A atriz Aracy Balabanian morreu hoje (07), devido a um câncer de pulmão. A notícia entristeceu fãs e colegas do teatro e da televisão. Conhecida por interpretar Cacilda em “Sai de baixo”, a artista recebeu o diagnóstico da doença no ano passado, durante o tratamento de um derrame pleural.
Na ocasião, os médicos detectaram dois tumores nos pulmões, que surpreendeu e abalou a veterana. Recentemente, a atriz foi internada e não resistiu pelas complicações da doença.
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Quais são as causas do câncer de pulmão?
O câncer de pulmão é o segundo tipo de neoplasia (câncer) mais prevalente no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a enfermidade mata mais de 30 mil pessoas por ano.
Contudo, uma pesquisa do Reino Unido publicada neste ano, alerta que o número de casos em mulheres aumentou e pode superar a incidência entre os homens, inclusive em outros países.
Na maioria das vezes, o tabagismo é o grande responsável pelo câncer colaborar com a condição. São elas:
• Exposição de longo prazo à poluição do ar.
• Infecções pulmonares recorrentes.
• Predisposição genética (histórico familiar, por exemplo).
• Idade avançada.
• Doenças crônicas, como a DPOC.
Sintomas
Tosse persistente, com secreção ou sangue, dores no tórax, fadiga, rouquidão e emagrecimento rápido sem razão aparente podem ser sinais de câncer de pulmão. Todavia, esses sintomas costumam surgir em estágios mais avançados da doença.
Diagnóstico e tratamento
A principal forma de identificar o câncer de pulmão é por meio de exames de imagem. O raio-X do tórax e a tomografia sem contraste são os mais comuns. Mas, para avaliar o tipo de câncer, é essencial realizar uma biópsia, realizada através de uma endoscopia respiratória.
Já o tratamento depende da localização, tamanho, estágio, natureza e se a doença se disseminou para outros locais. Para os pacientes cujo câncer está apenas no pulmão, por exemplo, o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia.
Como prevenir o câncer de pulmão?
Segundo Roberto Abramoff, oncologista clínico do Hcor, se paciente for fumante, a melhor forma é parar de fumar e evitar a exposição passiva à fumaça do cigarro. “Embora existam métodos muito eficazes, a cessação do tabagismo ainda é a melhor maneira para prevenir um câncer. Pacientes ex-fumantes têm entre 20% e 90% menos chance de desenvolver um tumor. E caso desenvolvam, podem ter um resultado mais eficaz do que aqueles que seguem com o hábito”, diz o especialista.
Carolina Chulam, oncologista do A.C.Camargo Cancer Center, reforça a importância dos exames de rotina. “Recomendamos que pacientes com mais de 50 anos, que fumam mais de 20 maços/ano ou que pararam de fumar há menos de 15 anos, devem fazer uma tomografia de baixa radiação anualmente”, diz.
A médica aconselha que este público deve procurar um pneumologista para avaliar risco de enfisema, bronquite, entre outras doenças pulmonares. “É comum atendermos pacientes que fumam há mais de 50 anos e nunca passaram por um pneumologista”.
Em contrapartida, nos últimos anos, diante do avanço nos tratamentos houve um aumento da sobrevida em pacientes com câncer de pulmão. De acordo com o Observatório do Câncer, que considera os tratamentos realizados no A.C.Camargo Cancer Center, entre os homens, a sobrevida passou de 10,4% (2000-2004) para 51,1% (2015-2017); nas mulheres, de 18,8% (2000-2004) passou a 59% (2015-2017).
Ainda assim, o diagnóstico tardio é um grande desafio para o tratamento do câncer de pulmão, considerado um “tumor silencioso”, a maior parte dos diagnósticos acontecem com a doença já em estágio avançado.