Vacinação infantil: antitérmicos e analgésicos antes da vacina são recomendados?

Saúde
20 de Abril, 2023
Vacinação infantil: antitérmicos e analgésicos antes da vacina são recomendados?

O momento da vacinação tem tudo para ser temido pelas crianças e muito desconfortável para os pais. Embora os imunizantes possam causar efeitos colaterais, ainda assim, não se pode descuidar da imunização dos pequenos. Contudo, para tornar esse momento um pouco mais tranquilo, alguns pais podem se questionar sobre oferecer remédios antitérmicos e analgésicos antes da vacina para diminuir os riscos de febre, dor e desconforto. Mas será que essa prática apresenta riscos? Continue lendo e entenda.

Veja também: Como dar banho no bebê nos dias frios

Antitérmicos e analgésicos antes da vacina: são recomendados?

Ainda que a intenção seja proteger a criança da febre e do mal estar, não é recomendado oferecer remédios antitérmicos e analgésicos antes da vacinação. De acordo com um estudo publicado na revista científica Plos One, esse tipo de medicação pode atrapalhar ou diminuir os efeitos da vacinação e da resposta imunológica do organismo. 

A medicação pode ser bem-vinda somente após a vacinação para os casos de febre acima de 38º graus e sob indicação médica. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Pediatria faz uma ressalva: “Antitérmico deve ser administrado quando necessário, e nunca, repito, nunca, intercale antitérmico, se começou com um, continue com ele, se a febre voltar antes das 4 horas (horário da nova dose), hidrate e refresque a criança (pouca roupa).”

Contudo, uma vacina em específico pode ser administrada com o uso de analgésicos e antitérmicos previamente. É a vacina meningocócica B, administrada em hospitais privados, que provoca reações frequentes. Por isso, o fabricante já alertou que a eficácia do imunizante não é comprometida pelos medicamentos.

Reações de vacina mais comuns 

A maioria das vacinas utiliza partes inativadas ou enfraquecidas dos vírus em que se deseja obter proteção. Com essas baixas doses, o organismo é estimulado a produzir uma resposta, o que fortalece o sistema imunológico e o tornam mais fortes para o caso de uma nova infecção. Portanto, durante as 48h após a vacinação podem surgir alguns sintomas leves, que apesar de serem incômodos, não representam riscos para a saúde.

De forma geral, as vacinas apresentam reações parecidas como:

  • Febre baixa a moderada;
  • Dor e sensibilidade no local da aplicação da injeção;
  • Dor no corpo;
  • Diarreia;
  • Hematoma ou vermelhidão no local da aplicação.

Como amenizar os efeitos colaterais da vacina no seu filho?

  • Fazer compressa de água gelada no local da aplicação da vacina, se houver vermelhidão, hematoma ou inchaço;
  • Oferecer alimentos leves e hidratação para combater a desidratação por diarreia. Além disso, beber água ajuda a evitar enjoos e vômitos.
  • Evitar o excesso de roupas no caso de febre;
  • Oferecer repouso à criança após a vacinação;
  • Por fim, deixar a criança em um local arejado e ventilado;

 

Referência: Sociedade Brasileira de Pediatria e Revista Científica Plos One.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e de profissionais de Educação Física.

Leia também:

chás para desintoxicar o fígado
Alimentação Bem-estar Saúde

Como desintoxicar o fígado? Veja 5 melhores opções de chá

Confira as opções de bebidas quentes que trazem benefícios para a saúde hepática

homem sentado na cama, ao lado da cabeceira, com as mãos na cabeça, tendo dificuldade para dormir
Bem-estar Saúde Sono

Problemas para dormir? Estudo relaciona a qualidade do sono com condições crônicas

A irregularidade do sono está diretamente relacionada ao risco aumentado de doenças crônicas, como obesidade.

bruxismo
Saúde

Bruxismo: será que você tem? Veja principais tratamentos

Bruxismo, o ato involuntário de ranger os dentes, pode afetar até quem não imagina conviver com ele. Veja como descobrir se é o seu caso