Anestesia geral: como funciona, tipos, quanto tempo dura e riscos
A anestesia geral é utilizada com o objetivo de trazer conforto e segurança aos pacientes que irão realizar uma cirurgia ou procedimento doloroso, a fim de mantê-lo dormindo, sem dor e sem se mexer durante todo o processo. Além disso, ela também pode ser eficaz quando o paciente tem claustrofobia e precisa fazer o exame de ressonância magnética, no qual necessita estar completamente imóvel.
Tipos de anestesia geral
A técnica da anestesia geral pode ser feita das seguintes maneiras:
- Venosa: utiliza fármacos administrados unicamente por via endovenosa, ou seja, o medicamento anestésico é injetado diretamente na veia.
- Inalatória: feita por via respiratória através de vaporização, de forma a utilizar gases que contém medicamentos anestésicos.
- Balanceada: técnica que combina o uso da anestesia inalatória e venosa, para aproveitar as melhores propriedades de cada medicação.
Como funciona a anestesia geral?
A anestesia geral tem quatro pilares para alcançar: analgesia, hipnose, bloqueio neuromuscular e bloqueio autonômica. “Isso significa que o paciente não pode sentir dor, tem que estar dormindo, não pode ser mexer e precisa ter os sinais vitais dentro dos valores de normalidade. Isso ocorre a partir da utilização de diferentes medicações que sofrem ajustes de acordo com cada perfil do paciente”, explica o anestesista Luiz Fernando dos Reis Falcão, Prof. e Dr. Titular de Anestesiologia do Centro Universitário São Camilo de São Paulo.
Ainda de acordo com o especialista, ao entrar na sala cirúrgica, a pessoa tem seus dados confirmados pelo médico, que em seguida monitora com eletrocardiograma, aparelho de pressão arterial e oximetria de pulso. O anestesista realiza a punção de uma veia para instalação do soro e por onde realiza-se a aplicação das medicações. Na sequência, o profissional solicita que o paciente respire em uma máscara com oxigênio puro para que possa dormir.
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Quanto tempo dura?
A duração da anestesia geral depende do tempo que for necessário para realização do procedimento. “Tudo irá depender por quanto tempo iremos administrar as medicações de forma contínua para que o paciente fique dormindo e sem dor. Ao terminar a cirurgia, por exemplo, interrompemos a administração das medicações para que o paciente acorde”, esclarece.
Efeitos colaterais e riscos
A realização da anestesia geral é uma técnica extremamente segura, que tem evoluído muito bem nos últimos anos. No entanto, pode ter efeitos colaterais quando se trata de pacientes alérgicos a certos tipos de medicações. No pós-operatório também existe o risco de náusea e vômito a depender de quais medicações foram utilizadas.
Além disso, Falcão ressalta que existem alguns riscos relacionados a procedimentos, por exemplo, a intubação orotraqueal, que pode ocorrer lesão nos dentes ou na garganta.
Fonte: Luiz Fernando dos Reis Falcão, Prof. e Dr. Titular de Anestesiologia do Centro Universitário São Camilo de São Paulo.