Amputação do reto: como funciona cirurgia feita por Preta Gil?

Em uma entrevista recente ao programa Fantástico, a cantora Preta Gil revelou que está passando por um novo tratamento contra o câncer, que se espalhou para quatro lugares diferentes. Além disso, a artista contou que há um ano, passou por uma cirurgia de amputação do reto.

“Em seis meses, quatro tumores cresceram. Não é fácil, mas a gente não tem outra opção a não ser encarar. Tudo nessa doença é um grande tabu. Eu amputei o reto e não posso ter vergonha, porque é a minha realidade”, disse. “As pessoas acham que eu fiz essa cirurgia agora. Não. Essa cirurgia eu fiz há um ano. Agora, estou em um novo tratamento, com novos focos, em tumores que também serão sanados, também serão curados com toda minha fé”, complementou durante a conversa com a apresentadora Maju Coutinho.

Leia também: Preta Gil revela uso de bolsa de ileostomia após retirar tumor: “Essa bolsinha salvou minha vida”

O que é o câncer colorretal?

O câncer colorretal é um tipo de tumor que se desenvolve no cólon (intestino grosso) ou no reto. Geralmente, começa com o crescimento de pólipos, pequenas massas nas paredes internas do intestino, que podem se tornar cancerosas ao longo do tempo.

Os principais fatores de risco são idade, histórico familiar, dieta rica em gorduras e pobre em fibras, sedentarismo e tabagismo. O diagnóstico da condição muitas vezes começa com alguns sintomas comuns, como alterações no hábito intestinal, sangue nas fezes e perda de peso. Assim, a identificação precoce aumenta as chances de tratamento eficaz.

Quando é necessária a amputação do reto?

De acordo com o médico Dr Vital, o tratamento desse tipo de câncer possui algumas alternativas iniciais. Quando elas não podem ser realizadas ou não trazem os efeitos desejados, é necessária a amputação.

“Geralmente busca-se remover o tumor com uma margem de segurança ao redor. Mas quando o tumor no reto está muito próximo do ânus e não permite essa margem sem afetar a musculatura, outras medidas são necessárias”, ele afirma.

A primeira é o tratamento com quimioterapia e radioterapia para reduzir o tumor, mas preservar a região e permitir que o intestino saudável seja conectado ao ânus, mantendo o controle da evacuação. “Quando nada disso pode ser realizado ou não traz bons resultados, é indicada a amputação”, explica o médico.

Leia também: Afinal, quem faz quimioterapia não pode tomar sol, como Preta Gil?

Afinal, como acontece a amputação do reto?

A amputação do reto é a última alternativa de tratamento e tem como objetivo retirar o tumor e melhorar a recuperação do paciente.

“O procedimento é indicado quando o tratamento com quimioterapia e radioterapia não reduz completamente o tumor e ele está muito próximo ao ânus, impedindo a remoção com margem de segurança. Nessa cirurgia, o reto, parte do intestino grosso, linfonodos e músculos relacionados à continência são retirados. Já o intestino grosso é exteriorizado através da parede abdominal, criando uma colostomia”, finaliza o especialista.

Desse modo, o paciente passa a evacuar por meio de uma bolsa de colostomia, além de receber orientações sobre os cuidados e ajustes alimentares necessários.

Fonte: Dr Vital Fernandes Araújo, médico.