Alinhadores invisíveis: quando e para quem são indicados?

Saúde
07 de Abril, 2022
Alinhadores invisíveis: quando e para quem são indicados?

Há pouco tempo, para exibir um sorriso perfeito e 100% alinhado, as pessoas eram “obrigadas” a aderir ao uso daqueles tradicionais aparelhos metálicos e cheios de fios aparentes. Além da utilização permanente do recurso causar muito desconforto e tornar a higienização bucal mais complicada, por várias vezes o aparelho era motivo de insegurança para quem precisava falar em público. É aí que entram os alinhadores invisíveis. 

Com a utilização desse novo método, é possível conquistar um sorriso mais bonito e alinhado. Além disso, o usuário consegue se adaptar ao uso conforme a necessidade, removendo o alinhador quando achar necessário. Com essa possibilidade, cresceu consideravelmente o número das pessoas que passaram a utilizar aparelhos ortodônticos com este conceito. Entenda melhor como funciona esse novo recurso para quem precisa alinhar os dentes. 

Para quem é indicado?

Segundo Faisal Ismail, odontólogo, os alinhadores invisíveis são indicados a partir dos 6 anos de idade para a correção de diversos problemas ortodônticos, como má-oclusão, dentes tortos, encavalados, imperfeições no alinhamento, dentes muito afastados uns dos outros, entre outras situações.  

Assim, o alinhador invisível pode ser usado em tratamentos de baixa e alta complexidade e pode solucionar mesmo os casos mais difíceis. No entanto, é possível que em algumas situações o profissional e o paciente optem pelo aparelho fixo com braquetes, dependendo especialmente do grau de cooperação do paciente com o tratamento. 

Quanto tempo dura o tratamento com o alinhadores invisíveis?

Cada alinhador invisível precisa ser utilizado por no mínimo 22 horas por dia. Além disso, a troca pelo alinhador seguinte é realizada com um intervalo de aproximadamente 15 dias. Por isso, os pacientes precisam retornar periodicamente ao consultório para que o profissional de odontologia possa acompanhar a evolução do tratamento e averiguar se o aparelho tem o encaixe perfeito. 

Por outro lado, o tempo de tratamento varia de acordo com cada caso. Há situações em que é possível ter resultados em apenas 6 meses de tratamento. Geralmente, o tempo médio é de 12 a 18 meses, ou seja, muito mais rápido do que os tratamentos feitos antigamente. 

Quais são os benefícios?

Os alinhadores invisíveis oferecem mais previsibilidade e rapidez no tratamento. Além disso, com a possibilidade de remoção do alinhador, a higienização bucal fica facilitada e pode ser feita com muito mais qualidade pelo paciente, que muitas vezes enfrenta dificuldades com o modelo convencional de aparelhos. 

Outra vantagem é não ter aquele volume nos dentes, comum aos braquetes, fios e pontas machucando a mucosa, que representava uma queixa bastante comum entre os pacientes, além do fato do aparelho ficar ‘invisível’. Antes, com os braquetes, era bastante comum que as pessoas se sentissem inibidas para falar em público, por exemplo. Por fim, as idas ao consultório também acontecem de maneira mais esporádica nesse caso. 

Principais cuidados com os alinhadores invisíveis

De acordo com o especialista, o ideal é que o paciente nunca retorne o alinhador à boca após as refeições sem a realização da higienização bucal. Assim, evita que haja deposito de resíduos de alimentos no aparelho. O ideal é que o paciente faça a escovação e higienização completa após as refeições para voltar a usar o alinhador. Para limpar o aparelho, recomenda-se a escovação com a própria escova de dentes, creme dental e água. Durante o período em que o alinhador não estiver em uso, armazenar sempre no estojo para evitar perda ou danos. 

É importante ressaltar que a utilização dos alinhadores invisíveis precisa ter prescrição adequada e, principalmente, uma avaliação criteriosa por um profissional especializado. Além, é claro, do monitoramento da aplicação e manutenção dos alinhadores. 

Fonte: Dr. Faisal Ismail, odontólogo e sócio-fundador da Odontolatina; Dr. Alessandro Schwertner, mestre em ortodontia, doutor em odontologia e sócio-fundador e vice-presidente da rede de clínicas Odontolatina.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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